quinta-feira, 16 de novembro de 2023

📚 Consciência Negra


DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA 
20 de novembro

A Consciência Negra é celebrada no dia 20 de novembro. Esse dia foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, data na qual morreu, lutando pela liberdade do seu povo no Brasil. Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi um personagem que dedicou sua vida lutando contra a escravatura no período do Brasil Colonial, onde os escravos começaram a ser introduzidos por volta de 1594. 
 
Os quilombos eram lugares, em geral, de difícil acesso, para onde iam os africanos e seus descendentes, fugindo da escravidão. Especificamente, o quilombo dos Palmares foi fundado em 1597 e por quase 100 anos resistiu aos inúmeros ataques das forças do governo e dos fazendeiros. Em 1694, no entanto, foi destruído e, no ano seguinte Zumbi foi morto. Isso porque em 20 de novembro de 1695, depois de ser traído por um companheiro, ele foi preso e morto pelas tropas portuguesas.
 
O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que atualmente, faz parte do munícipio de União dos Palmares no estado de Alagoas.
 
Zumbi dos Palmares é símbolo da resistência negra e por isso existe um monumento em sua homenagem, na cidade do Rio de Janeiro. 
O dia da Consciência Negra é dedicado à reflexão sobre a situação do negro na sociedade brasileira, sua luta pela liberdade e participação na construção do país. Os africanos contribuíram em diversos aspectos para a cultura brasileira. Podemos citar: a dança, música, religião, culinária e idioma. Considerado a maior identidade musical brasileira o Samba tem origem na cultura africana, assim como a capoeira. Na culinária as influências estão no: vatapá, caruru, acarajé e bobó. A feijoada carioca é o prato típico mais apreciado pelos brasileiros.

Muitos vocabulários que usamos com frequência vieram de idiomas africanos como: curinga,  moleque, gangorra, dengo, cachimbo, fubá, cafuné, quitanda, batucada, quiabo, etc. 
 
Durante mais de trezentos anos, os negros africanos trabalharam na condição de escravizados no Brasil. Eles eram trazidos da África nos navios negreiros e aqui vendidos para trabalhar nas lavouras, nas minas de ouro e nas casas dos fazendeiros. 

A maioria dos escravizados levava uma vida muito sacrificada; vivia em casas muito pobres, chamadas senzalas, sofria maus tratos e não tinha nenhum direito. 
O escravizado era mercadoria cara, valia muito. Quando um patrão comprava um escravizado, passava a ser dono dele, nada pagando pelo trabalho que ele fazia. Muitas pessoas não concordavam com o tratamento que eles recebiam. Por esse motivo, surgiram movimentos contrários à escravidão. 
 
No ano de 1.850 foi assinada uma lei que proibia a entrada de escravizados no país. A partir dessa conquista tornou-se mais intensa a campanha pela libertação dos negros.

Em 1.871 foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que declarava livre os filhos dos escravizados nascidos a partir daquela data. Esta lei dizia que as crianças tinham que ficar com as mães.

Em 1.885 surgiu a Lei dos Sexagenários, que declarava livres os escravizados com mais de 60 anos.

Finalmente no dia 13 de maio de 1.888, a princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, assinou a Lei Áurea, que terminou com a escravidão negra no Brasil.
 
No Brasil, os documentos que registravam a origem desses povos foram queimados logo após a abolição da escravatura. A ideia era apagar a história negra do país. Em 14 de dezembro de 1890, o ministro da Fazenda, Ruy Barbosa assinou um despacho ordenando a destruição de documentos referentes à escravidão. Acredita-se que o ministro emitiu o documento com a intenção de que os ex-proprietários de escravizados não pudessem pedir indenização após a abolição. Outros interpretam a queima dos documentos relativos à escravidão brasileira como à busca pelo apagamento de um passado vergonhoso e a reconstrução da história por vias dos ideais de progresso.

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