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domingo, 19 de novembro de 2023

📚 Dia da Bandeira: hino + texto informativo

A BANDEIRA NACIONAL

No dia 19 de Novembro comemoramos o Dia da Bandeira Nacional
bandeira do Brasil é formada por um retângulo verde, onde está inserido um losango amarelo, cujo centro possui um circulo azul com estrelas brancas (atualmente 27) e com uma faixa branca, que contém a frase: “Ordem e Progresso”.
A frase “Ordem e Progresso”: influência de Augusto Comte, filósofo francês fundador do positivismo.

As estrelas na Bandeira Nacional estão distribuídas conforme o céu, na cidade do Rio de Janeiro, às 8 horas e 30 minutos do dia 15 de novembro de 1889, no qual a Constelação do Cruzeiro do Sul, se apresentava verticalmente, em relação ao horizonte da cidade do Rio de Janeiro. Entretanto, Raimundo Teixeira Mendes elaborou um desenho contrariando alguns aspectos da astronomia, priorizando a disposição estética das estrelas, e não a perfeição sideral.

A primeira versão da Bandeira era composta por 21 estrelas, que representavam os seguintes Estados: Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba do Norte (Paraíba), Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso, Município da Corte.
Posteriormente, foram inseridas novas estrelas, através das modificações da Lei n° 5.443, de 28 de maio de 1968, que permite atualizações no número de estrelas na Bandeira sempre que ocorrer a criação ou a extinção de algum Estado. Nesse sentido, seis estrelas foram inseridas para representar os Estados do Acre, Mato Grosso do Sul, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. Essas foram as únicas alterações na Bandeira do Brasil desde que ela foi adotada.
A Bandeira Nacional é um dos símbolos mais importantes do país, devendo ser hasteada em todos os órgãos públicos, escolas, secretarias de governo etc. Seu hasteamento deve ser feito pela manhã e a arriação no fim da tarde. A bandeira não pode ficar exposta durante a noite, a não ser que seja bastante iluminada.
Significado de cada estrela da bandeira do Brasil
A Bandeira do Brasil foi implantada em 19 de novembro de 1889, a ideia da bandeira atual foi elaborada pelo professor Raimundo Teixeira Mendes que contou também com a participação do Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis e quem realizou a confecção do desenho foi o pintor Décio Vilares.
Quanto às estrelas dispostas na bandeira brasileira elas não são uniformes e cada uma possui um significado. Cada estrela presente na Bandeira representa um Estado brasileiro, além disso, todas possuem a mesma configuração, todas têm cinco pontas. Outro item que difere uma estrela da outra é quanto ao tamanho, existem cinco distintos.
A distribuição das estrelas na bandeira brasileira foi feita a partir das características do céu do Rio de Janeiro, no dia 15 de novembro de 1889.

A estrela Spica se encontra acima da faixa que expressa “Ordem e Progresso” e representa o Estado do Pará, esse no ano de 1889 correspondia ao maior território acima do paralelo do Equador. O Distrito Federal é representado pela estrela do tipo sigma do Octante.


Hino à Bandeira Nacional
Letra: Olavo Bilac
Música: Francisco Braga
Salve, lindo pendão da esperança,
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever;
E o Brasil, por seus filhos amado,
Poderoso e feliz há de ser.
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre, sagrada bandeira,
Pavilhão da Justiça e do Amor!
Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!

📚 Dia da Bandeira - 19 de novembro

Bandeira do Brasil foi adotada pelo decreto no 4 de 19 de novembro de 1889. Este decreto foi preparado por Benjamin Constant, membro do Governo Provisório.

-Quem foram os responsáveis pela sua criação:
A ideia da nova Bandeira do Brasil deve-se ao professor Raimundo Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil. Com ele colaboraram o Dr. Miguel Lemos e o professor Manuel Pereira Reis, catedrático de astronomia da Escola Politécnica. O desenho foi executado pelo pintor Décio Vilares.

-As cores:

As cores verde e amarelo estão associadas à casa real de Bragança, da qual fazia parte o imperador D. Pedro I, e à casa real dos Habsburg, à qual pertencia a imperatriz D. Leopoldina.

-Círculo interno azul:

Corresponde a uma imagem da esfera celeste, inclinada segundo a latitude da cidade do Rio de Janeiro às 12 horas siderais (8 horas e 30 minutos) do dia 15 de novembro de 1889.

-As estrelas:
Cada estrela representa um estado da federação.
Todas as estrelas têm 5 pontas

As estrelas não têm o mesmo tamanho; elas aparecem em 5 (cinco) dimensões: de primeira, segunda, terceira, quarta e quinta grandezas. Estas dimensões não correspondem diretamente às magnitudes astronômicas mas estão relacionadas com elas. Quanto maior a magnitude da estrela maior é o seu tamanho na Bandeira.

-A faixa branca:

Embora alguns digam que esta faixa representa a eclíptica, ou o equador celeste ou o zodíaco, na verdade a faixa branca da nossa bandeira é apenas um lugar para a inscrição do lema "Ordem e Progresso". Ela não tem qualquer relação com definições astronômicas.

-O lema "Ordem e Progresso":

É atribuído ao filósofo positivista francês Augusto Comte, que tinha vários seguidores no Brasil, entre eles o professor Teixeira Mendes.

- Quando foi modificada:

Foi modificada pela Lei no 5443 (Anexo no 1) de 28 de maio de 1968;
Foi modificada pela Lei no 5700 de 1 de setembro de 1971;
Foi modificada pela Lei no 8421 de 11 de maio de 1992.

Linha do Tempo: Bandeiras do Brasil

- Bandeira da Ordem de Cristo (1332 - 1651)
Primeira hasteada em solo brasileiro.

- Bandeira Real 1500 - 1521)
A primeira do Reino de Portugal, nas naus do descobrimento.

- Bandeira de D. João III (1521 - 1616)
Usada no Brasil durante a Colonização

- Bandeira do Domínio Espanhol (1616 - 1640)

Bandeira utilizada durante o domínio espanhol em terras portuguesas.

- Bandeira da Restauração (1640 - 1683)

Bandeira do Reinado de D. João VI, marca o fim do domínio espanhol.

- Bandeira do Principado do Brasil (1645 - 1816)
Primeiro sinal de presença do Brasil, no campo político mundial, como parte integrante da nação portuguesa.

- Bandeira de D. Pedro II, de Portugal (1683 - 1706)
Utilizada no reinado de D. Pedro II, após a morte de D. Afonso VI.

- Bandeira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1816-1821)

- Bandeira do período de D. João VI

- Bandeira do Regime Constitucional (1821 - 1822)
Última a tremular no Brasil com traços que lembram Portugal.

- Bandeira Imperial do Brasil (1822 - 1889)
Marca da emancipação política do Brasil.

- Bandeira Provisória da República (15 a 19 de Novembro 1889)

Marcou a transição da Monarquia para a República sendo válida por 4 dias apenas.

- Bandeira Nacional (19 de novembro de 1889 até os dias atuais).


Leis para o uso da Bandeira 

-A Bandeira Nacional deve ficar sempre hasteada na Praça dos Três Poderes, em Brasília, como símbolo permanente da Pátria. 

-Normalmente, se faz o hasteamento às 8:00 horas e o arriamento às 18:00 horas.

-Se a Bandeira for hasteada à noite, deverá ser bem iluminada. 

-No dia da Bandeira, 19 de novembro, deverá ser hasteada às 12:00 horas com solenidades especiais. 

-Quando não hasteada, a Bandeira deverá ficar em lugar de honra. 

-Nos dias de festa ou de luto nacional, hastea-se, obrigatoriamente, em todas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos.

-Nas escolas públicas ou particulares é obrigatório o hasteamento solene da Bandeira durante o ano letivo, pelo menos uma vez por semana. 

-Quando em funeral, a Bandeira fica a meio mastro. 

-Quando hasteada com outras Bandeiras, ficará no centro. Deverá ser hasteada primeiro e arriada por último. 

-Irá destacada à frente de outras Bandeiras, quando conduzida em formaturas ou desfiles e ficará à direita de tribunas, púlpitos, mesas de trabalho e reunião. 

-Pode ser reproduzida sobre paredes, tetos, vidraças, veículos e aeronaves, respeitadas as disposições legais. 

-É obrigatório o ensino do desenho e do significado da Bandeira Nacional nas escolas. 

-Em desfiles, deve-se segurar o mastro da Bandeira em posição vertical e não inclinado.

-Nenhuma Bandeira de outra Nação poderá ser usada no país sem que esteja ao seu lado direito,  de igual tamanho e em posição de realce, a Bandeira Nacional, salvo nas sedes das representações diplomáticas ou consulares. 

-É proibido usá-la como roupagem, reposteiro, pano de boca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, cobertura de placas, retratos, painéis, monumentos a inaugurar e não se pode reproduzi-la em rótulos ou invólucros de produtos expostos à venda.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

📚 Hino: Proclamação da República


Hino da Proclamação da República

A letra do Hino da Proclamação da República foi escrita por Medeiros de Albuquerque e a música composta por Leopoldo Miguez. Em janeiro de 1890, o governo provisório do Marechal Deodoro da Fonseca lançou um concurso visando a oficialização de um novo hino para o Brasil. Leopoldo e Medeiros venceram o concurso, mas o hino acabou não sendo utilizado como o novo hino do país devido a protestos da população. Em um decreto no mesmo mês do concurso, o governo brasileiro estipulou que a criação fosse empregada como sendo o Hino da Proclamação da República.

Para assistir no YOUTUBE CLIQUE AQUI

Hino à Proclamação da República do Brasil
(Letra: Medeiros de Albuquerque
Música: Leopoldo Miguez)

Seja um pálio de luz desdobrado.
Sob a larga amplidão destes céus
Este canto rebel que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperança, de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!

Liberdade! Liberdade!

Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!

Liberdade! Liberdade!

Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou este audaz pavilhão!
Mensageiros de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder
Mas da guerra nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!

Liberdade! Liberdade!

Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!

Liberdade! Liberdade!

Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

📚 Proclamação da República


Proclamação da República Brasileira aconteceu no dia 15 de novembro de 1889. Resultado de um levante político-militar que deu inicio à República Federativa Presidencialista. Fica marcada a figura de Marechal Deodoro da Fonseca como responsável pela efetiva proclamação e como primeiro Presidente da República brasileira em um governo provisório (1889-1891).
Marechal Deodoro da Fonseca foi herói na Guerra do Paraguai (1864-1870), comandando um dos Batalhões de Brigada Expedicionária. Sempre contrário ao movimento republicano e defensor da Monarquia como deixa claro em cartas trocadas com seu sobrinho Clodoaldo da Fonseca em 1888 afirmando que apesar de todos os seus problemas a Monarquia continuava sendo o “único sustentáculo” do país, e a república sendo proclamada constituiria uma “verdadeira desgraça” por não estarem, os brasileiros, preparados para ela.

A CRISE NO IMPÉRIO

O ultimo gabinete ministerial do Império, o “Gabinete Ouro Preto”, sob a chefia do Senador pelo Partido Liberal Visconde do Ouro Preto, assim que assume em junho de 1889 propõe um programa de governo com reformas profundas no centralismo do governo imperial. Pretendia dar feição mais representativa aos moldes de uma Monarquia Constitucional, contemplando aos republicanos com o fim da vitaliciedade do senado e adoção da liberdade de culto. Ouro Preto é acusado pela Câmara de estar dando inicio à República e se defende garantindo que seu programa inutilizaria a proposta da República. Recebe críticas de seus companheiros do Partido Liberal por não discutir o problema do Federalismo.
Os problemas no Império estavam em várias instâncias que davam base ao trono de Dom Pedro II:
  • A Igreja Católica: Descontentamento da Igreja Católica frente ao Padroado exercido por D. Pedro II que interferia em demasia nas decisões eclesiásticas.
  • O Exército: Descontentamento dos oficiais de baixo escalão do Exército Brasileiro pela determinação de D. Pedro II que os impedia de manifestar publicamente nos periódicos suas críticas à monarquia.
  • Os grandes proprietários: Após a Lei Áurea ascende entre os grandes fazendeiros um clamor pela República, conhecidos como Republicanos de 14 de maio, insatisfeitos pela decisão monárquica do fim da escravidão se voltam contra o regime. Os fazendeiros paulistas que já importavam mão de obra imigrante, também estão contrários à monarquia, pois buscam maior participação política e poder de decisão nas questões nacionais.
  • A classe média urbana: As classes urbanas em ascensão buscam maior participação política e encontram no sistema imperial um empecilho para alcançar maior liberdade de econômica e poder de decisão nas questões políticas.

A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA

A República Federativa Brasileira nasce pelas mãos dos militares que se veriam a partir de então como os defensores da Pátria brasileira. A República foi proclamada por um monarquista. Deodoro da Fonseca assim como parte dos militares que participaram da movimentação pelas ruas do Rio de Janeiro no dia 15 de Novembro pretendiam derrubar apenas o gabinete do Visconde de Ouro Preto. No entanto, levado ao ato da proclamação, mesmo doente, Deodoro age por acreditar que haveria represália do governo monárquico com sua prisão e de Benjamin Constant, devido à insurgência dos militares.
A população das camadas sociais mais humildes observam atônitos os dias posteriores ao golpe republicano. A República não favorecia em nada aos mais pobres e também não contou com a participação desses na ação efetiva. O Império, principalmente após a Abolição da Escravidão tem entre essas camadas uma simpatia e mesmo uma gratidão pela libertação. Há então um empenho das classes ativamente participativas da República recém-fundada para apagar os vestígios da monarquia no Brasil, construir heróis republicanos e símbolos que garantissem que a sociedade brasileira se identificasse com o novo modelo Republicano Federalista.

A MAÇONARIA E O POSITIVISMO

O Governo Republicano Provisório foi ocupado por Marechal Deodoro da Fonseca como Presidente, Marechal Floriano Peixoto como vice-presidente e como ministros: Benjamin Constant, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o Almirante Eduardo Wandenkolk, todos os presentes na nata gestora da República eram membros regulares da Maçonaria Brasileira. A Maçonaria e os maçons permanecem presentes entre as lideranças brasileiras desde a Independência, aliados aos ideais da Filosofia Positivista, unem-se na formação do Estado Republicano, principalmente no que tange o Direito.
A filosofia Positivista de Auguste Comte esteve presente principalmente na construção dos símbolos da República. Desde a produção da Bandeira Republicana com sua frase que transborda a essência da filosofia Comteana “Ordem e Progresso”, ou no uso dos símbolos como um aparato religioso à religião republicana. Positivistas Ortodoxos como Miguel Lemos e Teixeira Mendes foram os principais ativistas, usando das alegorias femininas e o mito do herói para fortalecer entre toda a população a crença e o amor pela República. Esses Positivistas Ortodoxos acreditavam tão plenamente em sua missão política de fortalecimento da República que apesar de ridicularizados por seus opositores não esmorecem e seguem fortalecendo o imaginário republicano com seus símbolos, mitos e alegorias.
A nova organização brasileira pouco ou nada muda nas formas de controle social, nem mesmo há mudanças na pirâmide econômica, onde se agrupam na base o motor da economia, e onde estão presentes os extratos mais pobres da sociedade, constituída principalmente por ex-escravizados e seus descendentes. Já nas camadas mais altas dessa pirâmide econômica organizam-se oligarquias locais que assumem o poder da máquina pública gerenciando os projetos locais e nacionais sempre em prol do extrato social ao qual pertencem. Não há uma revolução, ou mesmo grandes mudanças com a Proclamação da República, o que há de imediato é a abertura da política aos homens enriquecidos, principalmente pela agricultura. Enquanto o poder da maquina pública no Império estava concentrado na figura do Imperador, que administrava de maneira centralizadora as decisões políticas, na República abre-se espaço de decisão para a classe enriquecida que carecia desse poder de decisão política.

domingo, 22 de outubro de 2023

📚 A imigração no Brasil: texto e atividade


A imigração no Brasil

A imigração é um processo que marcou a história de formação do Brasil. O maior fluxo
aconteceu entre os séculos XIX e XX, com a vinda principalmente de imigrantes europeus.

No Brasil é um fenômeno caracterizado pela chegada de estrangeiros ao território nacional ao longo de toda a sua história de formação. Tendo início com os portugueses no século XVI, as correntes de imigração espontânea que chegaram ao Brasil se intensificaram a partir de meados do século XIX, entrando em declínio a partir da década de 1930 devido à imposição de medidas de restrição a esse processo. Durante esse intervalo de tempo, os grupos mais numerosos eram formados por imigrantes italianos, portugueses, alemães, japoneses e árabes.

Os fluxos mais intensos recomeçaram a partir da segunda metade do século XX, com mudanças no perfil dos imigrantes, vindos agora principalmente da América Latina, Ásia e África. Mais recentemente, o Brasil tem sido um importante destino para refugiados de diversas localidades, como Venezuela, Síria, Haiti e Afeganistão, que deixaram seus países em razão de questões como desastres naturais, conflitos e crises políticas e humanitárias.

Diversas foram as causas que motivaram os movimentos imigratórios no Brasil ao longo de sua história. A principal delas foi a econômica, associada inicialmente aos diferentes ciclos produtivos que se sucederam durante o Brasil Colônia e posteriormente no Brasil Império, com a imigração forçada de africanos para o trabalho escravizado nas lavouras e nos engenhos de açúcar. Mais tarde, também com o propósito de trabalho, dessa vez assalariado devido à proibição do tráfico de escravizados, o país recebeu grupos de imigrantes europeus.

Os conflitos internacionais e as guerras, como a Segunda Guerra Mundial e, em um período mais recente, as guerras na Síria e na Ucrânia, estão também entre os motivos pelos quais pessoas de diferentes nacionalidades buscaram e buscam uma nova vida no Brasil.

Crises humanitárias, econômicas e políticas com impactos diretos para a sociedade, perseguições por motivos político-ideológicos, étnicos ou religiosos e mesmo desastres naturais, como o terremoto que devastou o Haiti em 2010, condicionaram a vinda de imigrantes ao país.


ATIVIDADE

1-complete as frases de acordo com o texto:

a)A______________é um processo que marcou a história de formação do Brasil.
 
b)O maior fluxo aconteceu entre os séculos ___________e__________, com a vinda principalmente de imigrantes europeus.
 
c)O Brasil recebeu imigrantes principalmente da__________________, Ásia e África.
 
d)Mais recentemente, o Brasil tem sido um importante destino para refugiados de diversas localidades, como Venezuela, Síria, Haiti e___________________, que deixaram seus
países em razão de questões como desastres naturais, conflitos e crises políticas e humanitárias.

2- Responda:

a) Qual foi a principal causa da imigração?

b) Que nação teve imigração forçada para o Brasil?

c) Depois de terem tido uma imigração forçada, onde os africanos trabalhavam?

d) O que aconteceu depois devido à proibição do tráfico de escravizados?

3- Marque um x na resposta correta:

(  ) Os conflitos internacionais e as guerras, como a Segunda Guerra Mundial e, em um período mais recente, as guerras na Síria e na Ucrânia, estão também entre os motivos pelos quais pessoas de diferentes nacionalidades buscaram e buscam uma nova vida no Brasil.
 
(  ) As pessoas migram para o Brasil porque aqui o clima é mais agradável.
 
(  ) Os imigrantes vem para o Brasil porque buscam uma melhor condição de vida.
 
(  ) Os imigrantes vem para o Brasil porque seus países sofrem com crises humanitárias, econômicas e políticas, perseguições religiosas, desastres naturais, como o terremoto entre outras coisas.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

📚 Feudalismo: texto e atividade


FEUDALISMO

Nos últimos anos do Império Romano do Ocidente, as invasões bárbaras eram frequentes e traziam insegurança aos moradores das cidades, que buscaram refúgio nas regiões rurais, longe das incursões de saques e pilhagens dos povos bárbaros. Esse processo se intensificou com a divisão do Império Romano-Germânico entre os herdeiros de Carlos Magno, em 843. A falta de um poder centralizado possibilitou novas invasões, o que estimulou ainda mais a migração das pessoas das cidades para o campo, onde se colocaram sob a proteção dos senhores de terras.

Aos poucos, foram se formando comunidades rurais que produziam tudo de que necessitavam para sobreviver. Enquanto essas comunidades rurais se fortaleciam, a vida urbana e as atividades comerciais recuavam. A unidade que prevaleceu nesse momento foi aquela que se formou nas terras rurais, o feudo, uma porção de terra controlada pelo senhor feudal, um integrante da nobreza. A palavra “feudo” remete a um bem, as terras do senhor feudal. Porém, o feudo também podia ser um direito, como o de cobrar pedágios em pontes ou estradas que ficassem nas terras do suserano em troca de manter a segurança das pessoas que por elas transitassem.

Organização social

A sociedade feudal era formada por três grupos ou camadas sociais chamadas de ordens ou estamentos. De acordo com a tradição que foi estabelecida na Idade Média, cada grupo social tinha uma função, a qual deveria ser cumprida para que o equilíbrio da sociedade feudal fosse mantido. Havia os que rezavam (oratores), os que combatiam (bellatores) e os que trabalhavam (laboratores). Uma das principais características da sociedade feudal era a falta de mobilidade, ou seja, as pessoas eram destinadas a permanecer no grupo social em que haviam nascido e não poderiam mudar a sua condição social.

Clero
•Era o estamento mais elevado, formado pelo papa, pelos abades e pelos bispos, que tinham origem nobre, e por padres e monges.
•Tinha como função cuidar domundo por meio das orações.

Nobreza
•Esse segundo estamento era formado pela nobreza de sangue e hereditária.
•Estava organizada em uma rígida hierarquia na qual o mais alto integrante era o rei, seguido por duques, marqueses, condes, viscondes e barões. O cavaleiro era o último integrante na escala social do grupo e o único que não podia ser um senhor feudal.
•Sua função na sociedade feudal era proteger a Igreja e os mais fracos.

Servos
•Tinham como função trabalhar nos feudos na produção de alimentospara si e para os dois outros estamentos.
•Estavam ligados ao senhor feudal por relações servis e sua condição era hereditária, ou seja, o filho de um servo herdava os compromissos assumidos pelo pai.

A relação de servidão implicava no pagamento de uma série de tributos ao senhor feudal, que geralmente eram pagos em produtos, pois nos feudos havia pouca ou nenhuma circulação de moeda. Alguns dos tributos pagos pelos servos eram:
Corveia – obrigatoriedade de trabalhar três dias da semana nas terras do senhor.
Talha – parte dos produtos cultivados pelos servos que eram entregues ao senhor feudal.
Banalidade – taxa para uso do forno, do moinho ou do celeiro.
Mão-morta – taxa para permanecer na terra após a morte do chefe da família.

Suserania e vassalagem

A obtenção dos feudos pelos integrantes da nobreza se dava com base em uma hierarquia, na qual o rei ocupava o lugar mais elevado na escala social. O rei, então, era o maior suserano e doava um feudo para um outro integrante da nobreza, que passava a ser o seu vassalo. Esse vassalo poderia fazer novas doações de feudos, o que significa que poderia ser também um suserano. Em troca do feudo, o vassalo se comprometia a prestar ajuda financeira e militar ao suserano, que em contrapartida lhe daria proteção. Com a fragmentação das terras nas mãos dos vassalos, houve uma fragmentação do poder nas mãos dos senhores feudais. Esse processo se chama descentralização do poder e foi uma das características da Idade Média.

A doação de um feudo se dava em uma cerimônia chamada homenagem, que estabelecia as relações entre o vassalo e o suserano.

Os laços feudo-vassálicos eram estabelecidos por três atos, que correspondiam às necessidades recíprocas que justificavam sua existência. O primeiro era a homenagem, o ato de um indivíduo tornar-se “homem” de outro. O segundo era a fidelidade, juramente feito sobre a Bíblia ou relíquias de santos e muitas vezes selada por um beijo entre as partes. O terceiro era a investidura, pela qual o indivíduo que se tornava senhor feudal entregava ao outro, agora vassalo, um objeto (punhado de terra, folhas, ramo de árvore etc.) simbolizador do feudo que concedia.

As mulheres na Idade Média

No Período Medieval, as guerras e os conflitos entre os integrantes da nobreza eram constantes. Nessa sociedade guerreira, a força física era considerada um atributo masculino. A vida das mulheres da nobreza durante a Idade Média, assim como nas sociedades da Antiguidade, estava voltada à administração da casa e à criação dos filhos.

Contudo, como as guerras entre os integrantes da nobreza faziam parte da cultura medieval, era frequente as mulheres administrarem os feudos na ausência dos maridos.

A Igreja Católica

O cristianismo surgiu e se estruturou como religião durante o Império Romano. Com o fim do Império Romano do Ocidente, em 476 a.C., a Igreja Católica se manteve como única instituição centralizada e organizada na Europa Central, o que fez com que seu poder aumentasse. A religião fazia parte da vida cotidiana das pessoas que viviam na Idade Média, independentemente do seu estamento. Todos deveriam participar dos rituais da Igreja: no nascimento com o batismo, no casamento e na morte (extrema-unção). A presença na missa dominical e nas festas de santos era obrigatória, assim como o pagamento do dízimo.

Nos mosteiros da Igreja Católica, os monges copistas mantinham a tradição inaugurada no Reino dos Francos e atuavam na preservação dos livros da Antiguidade e na reprodução de textos bíblicos. A Igreja também criou escolas, as primeiras universidades e hospitais e realizou trabalhos de caridade, cuidando de doentes e mendigos.

A Igreja foi a maior proprietária de terras no período feudal. Homens preocupados com a espécie de vida que tinham levado e desejosos de passar para o lado direito de Deus antes de morrer doavam terras à Igreja; outras pessoas, achando que a Igreja realizava uma grande obra de assistência aos doentes e aos pobres, desejando ajudá-la nessa tarefa, davam-lhe terras; alguns nobres e reis criaram o hábito de, sempre que venciam uma guerra e se apoderavam das terras do inimigo, doar parte delas à Igreja; por esses e por outros meios a Igreja aumentava suas terras, até que se tornou proprietária de entre um terço e metade de todas as terras da Europa ocidental.

Tribunal do Santo Ofício

O crescente poder da Igreja se materializou com a criação, no século XIII, do Tribunal do Santo Ofício da Inquisição, que consistia em um tribunal formado por membros do clero com o objetivo de identificar, julgar e, se fosse necessário, condenar as pessoas acusadas de heresia.

Os hereges eram aqueles que tinham práticas ou pensamentos religiosos diferentes do determinado nos concílios. Pessoas inocentes acabaram queimadas, condenadas por heresia ou bruxaria nos Autos da Fé, como eram chamadas essas cerimônias. Diante dos inquisidores não existiam muitas possibilidades de defesa: era comum o acusado ser torturado até que confessasse, mesmo que fosse inocente.

Cruzadas

No ano de 1095, o papa Urbano II convocou os cristãos para formarem expedições militares para o Oriente, com o objetivo de expulsar os turcos muçulmanos que haviam tomado a cidade de Jerusalém, considerada sagrada para os cristãos. Cerca de 150 mil cristãos aceitaram a convocação papal e, liderados por integrantes da nobreza, se dirigiram à Terra Santa. Foram realizadas oito Cruzadas (de caráter oficial) e mais duas não oficiais, uma formada por mendigos e outra por crianças. Essas duas não conseguiram chegar ao Oriente.

Os cruzados lutavam pela fé cristã e também pelo perdão dos seus pecados, prometida pelo Papa àqueles que participassem das expedições. Com as Cruzadas, a nobreza sem terras buscava novas terras e riquezas no Oriente. Isso ficou claro na Quarta Cruzada, que se dirigiu a Constantinopla, cidade cristã, e que foi uma ação de pilhagem e saques.

As Cruzadas não conquistaram o seu intuito, o de recuperar a Terra Santa, mas trouxeram consequências para a intensificação do comércio entre o Ocidente e o Oriente pelo Mar Mediterrâneo. A recuperação de pontos de comércio que estavam sob controle de árabes e bizantinos permitiu que as rotas comerciais do Mediterrâneo fossem reabertas. O retorno das atividades de comércio com o Oriente estimulou a vida urbana, a produção artesanal e as relações comerciais. Mercadores das cidades de Veneza e Gênova, na Península Itálica, passaram a comercializar artigos de luxo do Oriente, como perfumes, tapetes, porcelanas e especiarias, o que trouxe riqueza e sofisticação para essas cidades.

Cultura Medieval

Durante a Idade Média, a Igreja Católica influenciou diretamente a cultura e a sociedade. A produção cultural estava voltada a temas religiosos e destinada à doutrinação dos fiéis. A maioria das pessoas era analfabeta, então a arte era uma forma de ensinar passagens da Bíblia e da vida à população. Os religiosos também dominavam a educação, e as escolas preparavam os alunos para a carreira eclesiástica.

Na arquitetura, as construções das catedrais são destaque desse período. Os estilos românico e gótico são genuinamente medievais.


ATIVIDADE


1-Qual o conceito de feudalismo?

2-Quais as características predominantes do feudalismo?

3-Como era dividida a sociedade feudal?

4-Como era a economia feudal?

5-Quais eram os estamentos sociais que predominavam na Idade Média e qual era a função de cada um deles?

6-As mulheres servas em um feudo viviam nas mesmas condições que a maioria das mulheres da nobreza?

7-Diferencie as relações servis das relações vassálicas:

8-Justifique a seguinte afirmação: durante o feudalismo, o poder estava descentralizado.

9-Quais motivações levaram os europeus a empreenderem o movimento das Cruzadas e quais mudanças esse movimento provocou na circulação de mercadorias na Idade Média?

10-Explique o processo que implicou no fim do sistema feudal e permitiu a formação das monarquias nacionais:

11-Quais estratégias utilizadas pelos senhores feudais para fortalecer e centralizar o seu poder, no processo de formação das monarquias nacionais?

sábado, 7 de outubro de 2023

📚 Dia dos Professores: texto informativo e painel


DIA DOS PROFESSORES

É celebrado no dia 15 de outubro. A data escolhida para comemorar o Dia do Professor faz referência ao dia 15 de outubro de 1827, quando Dom Pedro I, Imperador do Brasil, decretou uma Lei Imperial responsável pela criação do Ensino Elementar no Brasil, chamada de “Escola de Primeiras Letras”. Através dessa norma, todas as cidades deveriam ter suas escolas de primeiro grau.

Esse decreto possuía 17 artigos e tratava de temas como: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados.

A primeira grande contribuição da lei foi a determinação que obrigava as Escolas de Primeiras Letras (fase hoje conhecida como Ensino Fundamental) a ensinarem para meninas e meninos a leitura, a escrita e as quatro operações de cálculo.

Nessas escolas, também eram ensinadas noções gerais de geometria prática (disciplina não ministrada às meninas, que, em vez disso, tinham aulas de corte e costura, bordado e culinária).

Graças ao decreto, as primeiras escolas primárias do país chegaram a todas as vilas, cidades e lugares mais populosos do Brasil, fato que contribuiu para a difusão do saber escolarizado.

No entanto, apesar de apresentar muitas ideias inovadoras, escolas criadas a partir da data desse decreto continuaram com funcionamento precário.

A criação do Dia do Professor no 15 de outubro, no Brasil, surgiu no século XX, mais precisamente em 1947. Essa data foi sugerida pelo professor Salomão Becker para que os profissionais da educação tivessem um dia de descanso no segundo semestre, já que esse período no calendário letivo escolar era extenso na época. Salomão Becker ficou bastante conhecido pelo seu amor à educação, ato de ensinar e pela frase “Professor é profissão. Educador é missão”.

No ano seguinte, em 1948, o Dia dos Professores foi oficializado como data comemorativa e feriado estadual em Santa Catarina. Mas, para isso acontecer, uma figura foi fundamental: Antonieta de Barros, jornalista, professora e política brasileira.

Antonieta de Barros foi deputada estadual em duas legislaturas de Santa Catarina e inspiração para o movimento negro, além de ter contribuído no parlamento, na imprensa e no magistério. Foi uma ativa defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo reconhecimento da cultura negra, em especial no sul do Brasil. Em sua segunda passagem pelo parlamento, criou a Lei Nº 145, de 12 de outubro de 1948, que instituiu o dia do professor e o feriado escolar em 15 de outubro. Na justificativa para a criação da data, Antonieta enfatiza a importância do educador: “Não há quem não reconheça, à luz da civilização, o inestimável serviço do professor”.

Após 16 anos da ideia de Becker e 15 após a lei de Antonieta, essa data foi oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo decreto federal nº 52.682, de 14 de outubro de 1963, aprovado pelo presidente João Goulart e pelo então ministro da Educação Paulo de Tarso.

Em 1994, o Dia Mundial dos Professores foi estabelecido pela Unesco como World Teachers’ Day, sendo celebrado internacionalmente em 5 de outubro.

Mensagem da UNESCO em comemoração ao Dia Mundial do Professor: "A educação é um direito humano fundamental e um bem público. Ela transforma vidas, ao conduzir o desenvolvimento econômico e social. Ela promove a paz, a tolerância e a inclusão social. Ela é a chave para a erradicação da pobreza. Por fim, ela permite que crianças e jovens realizem seu potencial".

Ainda no dia 15 de outubro, comemora-se o Dia de Santa Tereza D’Ávila, também conhecida como Santa Teresa de Jesus, a padroeira dos professores.

Ser professor é ser um profissional que forma outros profissionais, portanto, uma das áreas de atuação mais importantes no mundo. 

Sugestão de painel decorativo para celebrar o Dia dos Professores:



Para baixar o painel CLIQUE AQUI

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

📚 A vida na pré-história: texto e atividade


A VIDA NA PRÉ-HISTÓRIA 

A Pré-História foi o período do surgimento e desenvolvimento dos primeiros humanos na Terra. Esses grupos eram caçadores, pescadores e coletores, alimentando-se daquilo queestava disponível na natureza.

A Pré-História foi o período da nossa história que começou com o surgimento do primeiro ser humano, em, aproximadamente, 3 milhões de anos a.C., alcançando o surgimento da escrita, por volta de 4 mil a.C. Ao longo desse tempo, os primeiros grupos humanos passaram pelo processo de adaptação ao meio ambiente em busca da sobrevivência, transformaram-se em caçadores, coletores e agricultores, até utilizarem os metais, como ferro.

Esse período extenso é dividido em quatro partes: Paleolítico, Mesolítico, Neolítico e Idade dos Metais.

PERÍODO PALEOLÍTICO
O ser humano do Paleolítico era caçador, pescador e coletor, utilizando instrumentos feitos com pedra lascada. No Paleolítico, os primeiros seres humanos eram nômades, não tinham local fixo para morar porque estavam se deslocando de um lugar para o outro, procurando melhores condições para viver. Eles praticavam a caça, a pesca e a coleta de frutos. No final do Paleolítico, ocorreu a descoberta e o controle do fogo.

PERÍODO MESOLÍTICO
A formação geográfica do planeta Terra foi concluída, e as modificações no ambiente promoveram a sedentarização de alguns grupos, fixando-se em determinadas regiões férteis.

PERÍODO NEOLÍTICO
A principal característica desse período da Pré-História foi a prática da agricultura. Os grupos que se sedentarizaram e se tornaram agricultores utilizavam da terra para sobreviver. Foi nesse momento que o artesanato se desenvolveu por meio da produção de utensílios 
domésticos feitos de palha ou argila para armazenar a produção excedente.

IDADE DOS METAIS
Por fim, o último período da Pré-História é a Idade dos Metais. Por volta do ano 6 mil a.C., os metais foram utilizados para a confecção de armas e outros instrumentos. Surgia a figura do artesão, aquele que trabalhava especificamente na produção de objetos feitos dos metais.

ATIVIDADE

1-Explique o que foi o período da pré-história:

2-Como eram os grupos que viviam na pré-história?

3-Quais são os quatro períodos da pré-história?

4-Como era o ser humano no período paleolítico?

5-Qual foi a descoberta do período paleolítico?

6-No período mesolítico, onde o ser humano fixou-se?

7-Em qual período desenvolveu-se a prática da agricultura e a produção de utensílios domésticos?

8-Na idade dos metais surgia a figura do artesão. Quem era ele?

9-Qual o nome dado às pinturas feitas nas rochas que os primeiros grupos humanos usaram para se expressar?

10-Pesquise por que os estudiosos europeus criaram a expressão "Pré-história":

sábado, 23 de setembro de 2023

📚 A Revolução Farroupilha

 

A REVOLUÇÃO FARROUPILHA

A Guerra dos Farrapos, também conhecida como Revolta dos Farrapos ou Revolução Farroupilha, foi uma das revoltas provinciais que aconteceram no território brasileiro durante o Período Regencial. Ela ganhou notoriedade pelo maior tempo de duração (10 anos), e, além disso, foi uma das que apresentaram maior ameaça à integridade territorial brasileira.

Organizada como um movimento da elite gaúcha, a Guerra dos Farrapos encerrou-se após a negociação de paz dos estancieiros gaúchos com o governo. Os termos da rendição ficaram conhecidos como Tratado do Poncho Verde.

CAUSAS
 
A Guerra dos Farrapos aconteceu, principalmente, por causa da insatisfação dos estancieiros gaúchos com a política fiscal do governo brasileiro. No século XIX, a província do Rio Grande do Sul tinha como principal produto o charque (carne-seca), que era vendido como principal alimentação dos escravos no Sudeste e Nordeste do Brasil.

O charque era produzido pelos charqueadores, que compravam a carne bovina dos estancieiros, os criadores de gado do Rio Grande do Sul. A grande insatisfação destes estava relacionada com a cobrança de impostos  realizada pelo governo sobre a produção de charque da região. O charque gaúcho recebia uma pesada taxa de cobrança, enquanto o que era produzido pelos uruguaios e argentinos tinha uma taxação diminuta.

Esse quadro tornava o produto gaúcho menos competitivo, uma vez que seu preço era maior. A principal exigência dos estancieiros era que o charque estrangeiro fosse taxado para tornar a concorrência entre o produto nacional e o estrangeiro mais justa. No entanto, outras razões ajudam a entender o início dessa revolta:

•Insatisfação com a taxação sobre o gado na fronteira Brasil–Uruguai;
•Insatisfação com a criação da Guarda Nacional;
•Insatisfação com a negativa do governo em assumir os prejuízos causados por uma praga de carrapatos que atacou o gado na região em 1834;
•Insatisfação com a centralização do governo e a falta de autonomia da província;
•Circulação dos ideais federalistas e republicanos na região.

A soma desses fatores levou os gaúchos a rebelarem-se contra o governo central em 20 de setembro de 1835. Em um primeiro momento, a revolta não tinha caráter de separatismo, mas, à medida que a situação avançou, a saída separatista ganhou força.

A Guerra dos Farrapos teve como líder o estancieiro Bento  Gonçalves, que, inclusive, foi o presidente da República Rio-Grandense por algum tempo. Outros nomes importantes foram o do italiano Giuseppe Garibaldi e o do militar brasileiro David Canabarro. Ambos foram responsáveis por levar a guerra contra o império para a província de Santa Catarina, fundando lá a República Juliana, em julho de 1839. A República Juliana, no entanto, teve curta duração, pois essa região foi  retomada pelo governo imperial em novembro do mesmo ano.

OS DESDOBRAMENTOS DO CONFLITO 

●Em 1835, os revolucionários, comandados por Bento Gonçalves, tomaram Porto Alegre, forçando a retirada das tropas imperiais da região.
●Com a prisão do líder Bento Gonçalves em 1835, a liderança do movimento passa para as mãos de Antônio de Souza Neto.
●Em 1836, os farroupilhas conquistam várias vitórias diante das forças imperiais.
●Em 11 de setembro de 1836 é proclamada, pelos revoltosos, a República Rio-Grandense. Mesmo na prisão, os farroupilhas declaram Bento Gonçalves presidente.
●No ano de 1837, após fugir da prisão, Bento Gonçalves assume de fato a presidência da recém-criada República Rio-Grandense.
●Em 24 de julho de 1839, os farroupilhas proclamam a República Juliana, na região do atual estado de Santa Catarina.

Para conter a revolta na província do Rio Grande do Sul, o governo brasileiro nomeou Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias (futuro Duque de Caxias). A ação de Caxias à frente de 12 mil homens foi muito eficiente, pois conseguiu sufocar os farrapos com ações militares estratégicas e, com a diplomacia, levá-los à negociação.

A paz foi assinada no Tratado de Poncho Verde, em que os farrapos colocaram fim na revolta e, na condição de derrotados, aceitaram os termos propostos pelo governo.

O acordo realizado entre o governo brasileiro e os farrapos estipulou:
●Taxação em 25% sobre o charque estrangeiro;
●Anistia para os envolvidos com a revolta;
●Incorporação dos militares dos farrapos ao exército imperial, mantendo sua patente;
●Os provincianos teriam direito de escolher o próprio presidente de província (entretanto, isso não foi cumprido);
●Os escravos que lutaram do lado dos farrapos seriam alforriados (item também não cumprido).

A revolta realizada pelos farrapos não era um movimento de caráter abolicionista, uma vez que muitos dos estancieiros e charqueadores possuíam uma grande quantidade de trabalhadores escravos, e, portanto, para eles a abolição não era economicamente viável. Havia, sim, farrapos que defendiam o abolicionismo, mas o movimento em si não tinha em sua pauta promover a abolição da escravidão, caso fossem vitoriosos.

ATIVIDADE

1-Como também é conhecida a Guerra dos Farrapos?

2-O que motivou a chamada Revolução Farroupilha?

3-Quanto tempo durou a Revolução Farroupilha?

4-Quem foi o líder da Revolução Farroupilha?

5-O que criticavam os integrantes da Guerra dos Farrapos?

6-Quem foi nomeado para conter a Revolução?

7-Cite quais foram as duas principais conquistas dos integrantes da Revolução  Farroupilha:

8-Qual o nome do Tratado que pôs fim à Revolução?

9-Quais as ações determinadas foram capazes de resolver a desavença estabelecida entre os gaúchos e o governo imperial?

10-A Revolução Farroupilha foi um movimento abolicionista?

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

📚 Independência do Brasil: texto informativo


Independência do Brasil

A Independência do Brasil, comemorada em 7 de setembro, foi um acontecimento que mudou os rumos da nação.

Vários eventos desencadearam a necessidade de ficar independente de Portugal, portanto é importante entender a história desde o começo.

Com a chegada da família real ao Brasil, começa a se delinear uma nova condição econômica. Em 1808, com a abertura dos portos, o Brasil deixou de ser colônia, atendendo os interesses da elite agrária brasileira.

Apesar de um momento inicial da história, esse episódio, que marca a política de Dom João VI no Brasil, é considerado a primeira medida formal em direção à independência.

Os aristocratas portugueses não gostaram nada dessa situação, pois perdiam cada vez mais espaço político. Dessa forma, passaram a alimentar um movimento de mudanças que culminou em uma revolução constitucionalista em Portugal.

A Revolução Liberal do Porto foi outro movimento marcante da época tinha como objetivo reestruturar a soberania política portuguesa por meio de uma reforma liberal que limitaria os poderes do rei e reconduziria o Brasil novamente à condição de colônia.

Decorrente desse movimento, os portugueses revolucionários formaram uma espécie de Assembleia Nacional que ganhou o nome de "Cortes", que teve como protagonistas as principais figuras lusitanas exigindo que o Rei Dom João VI retornasse à terra natal para legitimar as transformações políticas em andamento.

Temendo perder a sua autoridade real, Dom João VI saiu do Brasil em 1821 e nomeou seu filho, Dom Pedro II, como príncipe regente do Brasil.

Durante um tempo Dom Pedro seguiu as ordens da corte portuguesa, mas acabou percebendo que as leis vindas de Portugal pretendiam transformar o Brasil novamente em uma simples colônia.

Então, pouco tempo depois que assumiu, Dom Pedro passou a tomar medidas em favor da população brasileira e começou a ganhar prestígio.

Suas primeiras medidas foram: baixar os impostos e equipar as autoridades militares brasileiras ao mesmo nível das lusitanas.

Inicia-se um dos momentos mais conturbados desse período, pois essas ações desagradaram muito as Cortes de Portugal que exigiram que o príncipe retornasse para Portugal e entregasse o Brasil ao controle de uma Junta Administrativa formada pelas Cortes.

A pressão portuguesa despertou a elite econômica brasileira para um novo domínio de Portugal e o retorno ao estado de colônia. Assim, os grandes fazendeiros e comerciantes passaram a defender a ascensão política de Dom Pedro e incentivá-lo a ser líder da independência brasileira.

No final de 1821, quando as pressões das Cortes atingiram seu auge, os defensores da independência organizaram um grande abaixo-assinado solicitando a permanência de Dom Pedro no Brasil.

Nesse contexto e atendendo a demonstração de apoio, no dia 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro  recebeu um abaixo-assinado pedindo-lhe que ficasse.

Dom Pedro, atendendo ao desejo do povo, declarou: "Como é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

Dom Pedro reafirmou sua permanência no cenário político brasileiro e atendeu aos interesses dos ricos fazendeiros brasileiros e esse dia passou a ser conhecido em nossa história como o "Dia do Fico".

Dom Pedro logo teve a iniciativa de incorporar figuras políticas brasileiras que eram a favor da Independência aos quadros administrativos de seu governo.

Outra medida adotada foi convocar uma Assembleia Constituinte, organizar a Marinha de Guerra e obrigar as tropas de Portugal a voltarem para o reino.

Dom Pedro também decretou que, nenhuma ordem vinda de Portugal poderia ser adotada sem sua autorização prévia. Foi justamente essa medida que tornou sua relação política com as Cortes praticamente insustentável.

Em uma última tentativa de acordo, a assembleia lusitana enviou um novo documento para o Brasil exigindo o retorno de Dom Pedro para Portugal sob a ameaça de invasãomilitar, caso a exigência não fosse imediatamente cumprida.

Ao tomar conhecimento do documento, Dom Pedro fez uma declaração oficial reafirmando o seu acordo com os brasileiros.

Então, no dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, Dom Pedro pôs fim a era Brasil Colônia e declarou a independência do Brasil.

Houve batalhas pela Independência, uma vez que tropas leais à Portugal recusaram-se a aceitar a Independência do Brasil em algumas partes do território.

Os brasileiros venceram o ataque das tropas lusitanas e Portugal só reconheceu a Independência do Brasil em 1824.

Dom Pedro tornou-se o Imperador do Brasil, com o título de Dom Pedro I.

O Brasil passou a ser uma monarquia, uma forma de governo em que os poderes são exercidos pelo rei ou imperador.