Conheça algumas das pessoas indígenas que estão mudando o cenário e se destacando na atualidade. A lista abaixo é certamente incompleta e outros nomes merecem ser mencionados. Mas ela nos dá ideia da intensa atuação dessas lideranças na atualidade e da importância em atender as demandas indígenas com vistas à uma cultura de paz e respeito às pessoas.
1-RAONI METUKTIRE
Uma das principais lideranças indígenas pela defesa da Amazônia e pelos direitos dos povos nativos.
Não se sabe ao certo quando ele nasceu. Estima-se que tenha sido em 1930, num vilarejo chamado Krajmopyjakare, lugar que hoje se chama Kapôt, no coração do Mato Grosso.
O povo Caiapó, do qual faz parte, é nômade, por isso passou a infância em deslocamento.
Aos 15 anos de idade começou a instalar o labret (também conhecido como botoque): um adorno de madeira no lábio inferior que sinaliza os guerreiros e porta-vozes do povo.
O primeiro contato de Raoni com o homem branco foi em 1954, com os irmãos Villas-Boas.
Com eles aprendeu a falar português e tomou conhecimento do capitalismo exploratório que poderia destruir sua morada e o seu povo. Começou o ativismo.
Em 1978, sua luta chamou atenção de Jean-Pierre Dutilleux, diretor belga que, ao lado do cineasta brasileiro Luiz Carlis Saldanha, produziu um documentário sobre Raoni.
O longa foi indicado ao Oscar, levando a luta pela Amazônia e proteção dos povos indígenas ao conhecimento internacional.
Em 1984, Raoni negociou demarcação de territórios indígenas com o então ministro do interior, Mario Andreazza.
Sua voz ganhou ainda mais potência após o encontro com o músico Sting, no Parque Indígena do Xingu.
Em 1989, se juntou ao músico em uma turnê por 17 países para divulgar mensagens de preservação das florestas.
A partir dos anos 2000, o Cacique Raoni também lutou ativamente contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Também em 2020, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.
Recebeu, em 2021, o título de Membro Honorário da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
Não se sabe ao certo quando ele nasceu. Estima-se que tenha sido em 1930, num vilarejo chamado Krajmopyjakare, lugar que hoje se chama Kapôt, no coração do Mato Grosso.
O povo Caiapó, do qual faz parte, é nômade, por isso passou a infância em deslocamento.
Aos 15 anos de idade começou a instalar o labret (também conhecido como botoque): um adorno de madeira no lábio inferior que sinaliza os guerreiros e porta-vozes do povo.
O primeiro contato de Raoni com o homem branco foi em 1954, com os irmãos Villas-Boas.
Com eles aprendeu a falar português e tomou conhecimento do capitalismo exploratório que poderia destruir sua morada e o seu povo. Começou o ativismo.
Em 1978, sua luta chamou atenção de Jean-Pierre Dutilleux, diretor belga que, ao lado do cineasta brasileiro Luiz Carlis Saldanha, produziu um documentário sobre Raoni.
O longa foi indicado ao Oscar, levando a luta pela Amazônia e proteção dos povos indígenas ao conhecimento internacional.
Em 1984, Raoni negociou demarcação de territórios indígenas com o então ministro do interior, Mario Andreazza.
Sua voz ganhou ainda mais potência após o encontro com o músico Sting, no Parque Indígena do Xingu.
Em 1989, se juntou ao músico em uma turnê por 17 países para divulgar mensagens de preservação das florestas.
A partir dos anos 2000, o Cacique Raoni também lutou ativamente contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Também em 2020, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz.
Recebeu, em 2021, o título de Membro Honorário da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN).
2-DANIEL MUNDURUKU
Daniel Munduruku (Belém, 28 de fevereiro de 1964) é um escritor e professor paraense, pertencente ao povo indígena Munduruku. Autor de 65 livros publicados por diversas editoras no Brasil e no exterior, a maioria classificados como literatura infanto-juvenil e paradidáticos. Já recebeu vários prêmios nacionais e internacionais por sua obra literária, incluindo o renomado Prêmio Jabuti.
É Graduado em Filosofia e tem licenciatura em História e Psicologia. Tem Mestrado e Doutorado em Educação pela USP - Universidade de São Paulo e Pós-Doutorado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar.
Seu livro Meu avô Apolinário foi escolhido pela Unesco para receber Menção honrosa no Prêmio Literatura para crianças e Jovens na questão da tolerância. Entre outras atividades, participa ativamente de palestras e seminários destacando o papel da cultura indígena na formação da sociedade brasileira.
Ativista engajado no Movimento Indígena Brasileiro, reside em Lorena, interior de São Paulo, desde 1987. Cidade onde é Diretor-Presidente da ONG e selo editorial Instituto Uka - Casa dos Saberes Ancestrais, também é membro-fundador da Academia de Letras de Lorena.
Para o pensador e escritor Daniel Munduruku, a vida capitalista não é a única possível, existe um outro caminho enraizado nos saberes indígenas: "Nós formamos mesmo a última fronteira de resistência que o capitalismo brasileiro ainda não conseguiu superar".
Ainda segundo Daniel Munduruku: "É necessário criar uma pedagogia que parte da nossa ancestralidade brasileira, ou seja, dos indígenas e das culturas africanas. É uma forma de nos encontrarmos enquanto povo, enquanto cultura, e termos orgulho daquilo que somos efetivamente".
Em 2023, interpretou o Pajé Jurecê na novela Terra e Paixão da Rede Globo.
É Graduado em Filosofia e tem licenciatura em História e Psicologia. Tem Mestrado e Doutorado em Educação pela USP - Universidade de São Paulo e Pós-Doutorado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos - UFSCar.
Seu livro Meu avô Apolinário foi escolhido pela Unesco para receber Menção honrosa no Prêmio Literatura para crianças e Jovens na questão da tolerância. Entre outras atividades, participa ativamente de palestras e seminários destacando o papel da cultura indígena na formação da sociedade brasileira.
Ativista engajado no Movimento Indígena Brasileiro, reside em Lorena, interior de São Paulo, desde 1987. Cidade onde é Diretor-Presidente da ONG e selo editorial Instituto Uka - Casa dos Saberes Ancestrais, também é membro-fundador da Academia de Letras de Lorena.
Para o pensador e escritor Daniel Munduruku, a vida capitalista não é a única possível, existe um outro caminho enraizado nos saberes indígenas: "Nós formamos mesmo a última fronteira de resistência que o capitalismo brasileiro ainda não conseguiu superar".
Ainda segundo Daniel Munduruku: "É necessário criar uma pedagogia que parte da nossa ancestralidade brasileira, ou seja, dos indígenas e das culturas africanas. É uma forma de nos encontrarmos enquanto povo, enquanto cultura, e termos orgulho daquilo que somos efetivamente".
Em 2023, interpretou o Pajé Jurecê na novela Terra e Paixão da Rede Globo.
3-DAVI KOPENAWA
Davi Kopenawa nasceu por volta de 1956 na vila Yanomami de Marakana, ao longo do alto do rio Toototobi, a poucos quilômetros da fronteira entre o estado de Roraima, no Brasil, e a Venezuela.
Davi Kopenawa é xamã e líder político do povo Yanomami, presidente da Hutukara Associação Yanomami, ativista na defesa dos povos indígenas e da floresta amazônica, além de autor, roteirista, produtor cultural e palestrante. É uma das lideranças intelectuais, políticas e espirituais mais importantes no panorama contemporâneo de defesa dos povos originários, do meio ambiente, da diversidade cultural e dos direitos humanos, com reconhecimento nacional e internacional. É também autor da obra A queda do céu – palavras de um xamã yanomami (2010), em coautoria com o antropólogo francês Bruce Albert.
Por 25 anos ele liderou incansavelmente uma campanha nacional e internacional para garantir os direitos à terra Yanomami, conseguindo dessa forma, reconhecimento no mundo todo e inclusive no Brasil. Como consequência de sua luta, o território Yanomami foi reconhecido e demarcado pelo governo brasileiro em 1992. A terra indígena Yanomami, que se estende do Brasil à Venezuela, representa a maior área de floresta tropical sob controle indígena em todo o mundo.
Apesar de reiteradas ameaças de morte, Kopenawa persiste em seu trabalho intenso em defesa da causa indígena e ambiental.
A coragem, o espírito combativo e a tenacidade de Davi aparecem em seu nome Yanomami ‘Kopenawa’ que em sua língua significa vespa. O nome veio a ele durante um sonho xamânico quando os espíritos-vespa apareceram diante dele.
Davi Kopenawa é xamã e líder político do povo Yanomami, presidente da Hutukara Associação Yanomami, ativista na defesa dos povos indígenas e da floresta amazônica, além de autor, roteirista, produtor cultural e palestrante. É uma das lideranças intelectuais, políticas e espirituais mais importantes no panorama contemporâneo de defesa dos povos originários, do meio ambiente, da diversidade cultural e dos direitos humanos, com reconhecimento nacional e internacional. É também autor da obra A queda do céu – palavras de um xamã yanomami (2010), em coautoria com o antropólogo francês Bruce Albert.
Por 25 anos ele liderou incansavelmente uma campanha nacional e internacional para garantir os direitos à terra Yanomami, conseguindo dessa forma, reconhecimento no mundo todo e inclusive no Brasil. Como consequência de sua luta, o território Yanomami foi reconhecido e demarcado pelo governo brasileiro em 1992. A terra indígena Yanomami, que se estende do Brasil à Venezuela, representa a maior área de floresta tropical sob controle indígena em todo o mundo.
Apesar de reiteradas ameaças de morte, Kopenawa persiste em seu trabalho intenso em defesa da causa indígena e ambiental.
A coragem, o espírito combativo e a tenacidade de Davi aparecem em seu nome Yanomami ‘Kopenawa’ que em sua língua significa vespa. O nome veio a ele durante um sonho xamânico quando os espíritos-vespa apareceram diante dele.
4-SÔNIA GUAJAJARA
Ativista, primeira deputada federal eleita pelo estado de São Paulo e, agora, pioneira na ocupação do Ministério dos Povos Indígenas, Sonia Bone de Sousa Silva Santos nasceu em 6 de março de 1974. É separada e mãe de três filhos: Luiz Mahkai, Yaponã e Y’wara. Indígena do povo Guajajara/Teneteara, que habita nas matas da Terra Indígena Arariboia, no Maranhão. Seus pais eram analfabetos, mas aos 10 anos, saiu da sua terra para estudar na cidade de Imperatriz. Trabalhou em casas de família em troca de moradia.
É pós-graduada em Educação Especial, Bacharel em letras Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Destaca-se por sua luta histórica pelos direitos dos povos originários e pelo meio ambiente.
Tem reconhecimento internacional na defesa dos direitos dos povos indígenas, seus territórios e causas socioambientais, sendo eleita uma das 100 pessoas mais influentes de 2022 pela revista TIME. Atuou em várias organizações indígenas, como a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Foi coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
Reconhecida mundialmente, Sônia é descrita como uma mulher feminista que luta contra o massacre dos povos indígenas.
Segundo Sônia Guajajara: “Ser mulher indígena no Brasil é você viver um eterno desafio, de fazer a luta, de ocupar os espaços, de protagonizar a própria história. Historicamente foi dito para nós que a gente não poderia ocupar determinados espaços.”
É pós-graduada em Educação Especial, Bacharel em letras Enfermagem na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). Destaca-se por sua luta histórica pelos direitos dos povos originários e pelo meio ambiente.
Tem reconhecimento internacional na defesa dos direitos dos povos indígenas, seus territórios e causas socioambientais, sendo eleita uma das 100 pessoas mais influentes de 2022 pela revista TIME. Atuou em várias organizações indígenas, como a Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB). Foi coordenadora executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB).
Reconhecida mundialmente, Sônia é descrita como uma mulher feminista que luta contra o massacre dos povos indígenas.
Segundo Sônia Guajajara: “Ser mulher indígena no Brasil é você viver um eterno desafio, de fazer a luta, de ocupar os espaços, de protagonizar a própria história. Historicamente foi dito para nós que a gente não poderia ocupar determinados espaços.”
5-AILTON KRENAK
Ailton Krenak nasceu em 1953, na região do vale do rio Doce (MG), território do povo Crenaque (Krenak), um local afetado pela atividade de extração de minérios. Krenak é ativista do movimento socioambiental e de defesa dos direitos indígenas.
Em 1985, fundou o Núcleo de Cultura Indígena, para promover a cultura indígena. Participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988. Em uma das sessões, em discurso na tribuna, pintou o rosto com a tinta preta do jenipappo, segundo o tradicional costume indígena brasileiro, para protestar contra o que considerava um retrocesso na luta pelos direitos dos índios brasileiros.
Em 2016 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Em 2000, Ailton Krenak protagonizou o documentário Índios no Brasil produzido pela TV Escola que aborda a identidade, línguas, costumes, tradições indígenas, a colonização e o contato com o branco, a briga pela terra e os direitos conquistados dos indígenas até fins do século XX.
Em 2020, foi eleito o intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores e recebeu o prêmio Juca Pato. Ainda em 2021, lançou o livro Ideias para adiar o fim do mundo, uma das obras mais vendidas das livrarias brasileiras, com versões lançadas em inglês, francês e alemão.
Ailton Krenak fundamenta suas crenças e filosofias na interação com o momento presente e nas experiências compartilhadas com a gente ao seu redor. Em suas próprias palavras faz uma denúncia a construção do Brasil em cima de cemitérios indígenas, ressaltando o conflito entre concepções diferentes de civilização e do deslocamento do ser humano da natureza.
Em 2024 toma posse da cadeira de número 5 na ABL (Academia Brasileira de Letras), após vitória por 23 votos.
Em 1985, fundou o Núcleo de Cultura Indígena, para promover a cultura indígena. Participou da Assembleia Nacional Constituinte que elaborou a Constituição de 1988. Em uma das sessões, em discurso na tribuna, pintou o rosto com a tinta preta do jenipappo, segundo o tradicional costume indígena brasileiro, para protestar contra o que considerava um retrocesso na luta pelos direitos dos índios brasileiros.
Em 2016 recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora.
Em 2000, Ailton Krenak protagonizou o documentário Índios no Brasil produzido pela TV Escola que aborda a identidade, línguas, costumes, tradições indígenas, a colonização e o contato com o branco, a briga pela terra e os direitos conquistados dos indígenas até fins do século XX.
Em 2020, foi eleito o intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores e recebeu o prêmio Juca Pato. Ainda em 2021, lançou o livro Ideias para adiar o fim do mundo, uma das obras mais vendidas das livrarias brasileiras, com versões lançadas em inglês, francês e alemão.
Ailton Krenak fundamenta suas crenças e filosofias na interação com o momento presente e nas experiências compartilhadas com a gente ao seu redor. Em suas próprias palavras faz uma denúncia a construção do Brasil em cima de cemitérios indígenas, ressaltando o conflito entre concepções diferentes de civilização e do deslocamento do ser humano da natureza.
Em 2024 toma posse da cadeira de número 5 na ABL (Academia Brasileira de Letras), após vitória por 23 votos.
6-JACI DE SOUZA MACUXI
Liderança indígena Macuxi e um dos maiores defensores do reconhecimento da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima. Jacir de Souza Macuxi nasceu no dia 7 de setembro de 1947, na comunidade indígena do Lilás, na própria Raposa Serra do Sol.
É considerado um dos maiores defensores do reconhecimento da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima, homologada em 2005.
Aos 26 anos foi alçado ao posto de tuxaua da sua aldeia. O momento era crítico para os indígenas do Norte de Roraima, os garimpos avançavam sobre as terras indígenas e com eles alcoolismo, violência e doenças.
Jacir conseguiu unir todos os tuxauas da região para ajudar os chefes de comunidades no combate as mazelas que ameaçavam os indígenas. A ideia fez sucesso e várias comunidades indígenas aderiram a iniciativa que, mais tarde, se tornou o Conselho Indígena de Roraima (CIR).
Jacir José de Souza percorreu o Brasil e levou para fora do país a reivindicação dos povos indígenas contra a violência e a discriminação. Sempre apoiado pelos Missionários da Consolata, esteve também com o Papa João Paulo II e com o Papa BentoXVI.
Recebeu o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente de 2009. Ficou em 1º lugar na categoria Liderança Individual.O prêmio reconheceu a sua luta por mais de 30 anos pela conquista da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Em 2020, os Macuxi e outras comunidades indígenas de Roraima tiveram dezenas de mortes com a pandemia de Convid-19. Jacir de Souza Macuxi foi um dos atingidos pela doença, ficou internado em Boa Vista, e se recuperou.
É considerado um dos maiores defensores do reconhecimento da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no estado de Roraima, homologada em 2005.
Aos 26 anos foi alçado ao posto de tuxaua da sua aldeia. O momento era crítico para os indígenas do Norte de Roraima, os garimpos avançavam sobre as terras indígenas e com eles alcoolismo, violência e doenças.
Jacir conseguiu unir todos os tuxauas da região para ajudar os chefes de comunidades no combate as mazelas que ameaçavam os indígenas. A ideia fez sucesso e várias comunidades indígenas aderiram a iniciativa que, mais tarde, se tornou o Conselho Indígena de Roraima (CIR).
Jacir José de Souza percorreu o Brasil e levou para fora do país a reivindicação dos povos indígenas contra a violência e a discriminação. Sempre apoiado pelos Missionários da Consolata, esteve também com o Papa João Paulo II e com o Papa BentoXVI.
Recebeu o Prêmio Chico Mendes de Meio Ambiente de 2009. Ficou em 1º lugar na categoria Liderança Individual.O prêmio reconheceu a sua luta por mais de 30 anos pela conquista da Terra Indígena Raposa Serra do Sol.
Em 2020, os Macuxi e outras comunidades indígenas de Roraima tiveram dezenas de mortes com a pandemia de Convid-19. Jacir de Souza Macuxi foi um dos atingidos pela doença, ficou internado em Boa Vista, e se recuperou.
7-JOÊNIA WAPICHANA
Nasceu na comunidade indígena Cabeceira do Truarú, localizada na etnoregião Murupú e na zona rural do Município de Boa Vista. É de etnia wapixana (um grupo étnico aruaque). Aos 8 anos de idade, deixou a comunidade onde nasceu e mudou-se com a mãe para a sede municipal (área urbana) de Boa Vista. Falante nativa da língua uapixana, aprendeu o português e começou a se interessar pelos estudos na capital roraimense.
Formou-se em Direito no ano de 1997 pela Universidade Federal de Roraima (UFRR). Em 2011 concluiu o mestrado em Direito Internacional pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Atuou na demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, além de trabalhar no departamento jurídico do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e na defesa de direitos de índios à posse de suas terras na Região Norte do Brasil.
Foi a primeira presidente da Comissão de Direitos dos Povos indígenas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criada em 2013. Também foi a primeira mulher indígena a ser eleita deputada federal, representando Roraima, durante as eleições de 2018.
Em 2023, tornou-se a primeira mulher indígena a presidir a Funai, que passou a se chamar Fundação Nacional dos Povos Indígenas (antiga Fundação Nacional do Índio).
Recebeu o Prêmio Reebok pela sua atuação na defesa dos direitos humanos em 2004.
Foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 2010.
Recebeu o Prêmio de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018.
Recebeu a condecoração de Comendadora da Ordem de Rio Branco em 2023.
Formou-se em Direito no ano de 1997 pela Universidade Federal de Roraima (UFRR). Em 2011 concluiu o mestrado em Direito Internacional pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Atuou na demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol, além de trabalhar no departamento jurídico do Conselho Indígena de Roraima (CIR) e na defesa de direitos de índios à posse de suas terras na Região Norte do Brasil.
Foi a primeira presidente da Comissão de Direitos dos Povos indígenas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criada em 2013. Também foi a primeira mulher indígena a ser eleita deputada federal, representando Roraima, durante as eleições de 2018.
Em 2023, tornou-se a primeira mulher indígena a presidir a Funai, que passou a se chamar Fundação Nacional dos Povos Indígenas (antiga Fundação Nacional do Índio).
Recebeu o Prêmio Reebok pela sua atuação na defesa dos direitos humanos em 2004.
Foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura em 2010.
Recebeu o Prêmio de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2018.
Recebeu a condecoração de Comendadora da Ordem de Rio Branco em 2023.
8-CÉLIA XAKRIABÁ
Célia Nunes Correa, também conhecida como Célia Xakriabá, indígena do povo Xakriabá em Minas Gerais nasceu em 10 de maio de 1989.
É mestre em Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Antropologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Foi a primeira deputada federal indígena eleita em Minas Gerais. É, ao mesmo tempo, depositária da confiança dos velhos sábios do seu povo e modelo para os mais jovens.
Defende a reestruturação do sistema educacional com a integração das culturas indígenas no currículo de ensino, luta pelos direitos das línguas indígenas ameaçadas e pela demarcação das terras indígenas.
Em 2021 foi uma das representantes indígenas que compareceram à 26ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática, a COP26. Na ocasião, Célia falou sobre o racismo sistêmico que enfrenta na sociedade por ser indígena e sobre a importância da preservação dos territórios de sua comunidade.
Célia Xakriabá acredita que o problema principal dos povos indígenas no Brasil é a demarcação territorial. Este direito estava reconhecido na Constituição Brasileira de 1988, mas foi contestado pela PEC 215, que dá o poder de mudar as demarcações territoriais indígenas ao Congresso Nacional em vez dos órgãos do Estado especializados na questão indígena, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas.
Além de ativista e professora, Célia Xakriabá é filósofa, poetisa, performer e artista visual. Pinta, desenha e costura suas próprias roupas. Também possui um estúdio na aldeia em que mora, no Território Xakriabá, em São João das Missões, Minas Gerais e apresenta o podcast ‘Papo de parente’, ao lado do influenciador digital Tukumã Pataxó.
É mestre em Desenvolvimento Sustentável na Universidade de Brasília (UnB) e doutora em Antropologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Foi a primeira deputada federal indígena eleita em Minas Gerais. É, ao mesmo tempo, depositária da confiança dos velhos sábios do seu povo e modelo para os mais jovens.
Defende a reestruturação do sistema educacional com a integração das culturas indígenas no currículo de ensino, luta pelos direitos das línguas indígenas ameaçadas e pela demarcação das terras indígenas.
Em 2021 foi uma das representantes indígenas que compareceram à 26ª Conferência da ONU sobre Mudança Climática, a COP26. Na ocasião, Célia falou sobre o racismo sistêmico que enfrenta na sociedade por ser indígena e sobre a importância da preservação dos territórios de sua comunidade.
Célia Xakriabá acredita que o problema principal dos povos indígenas no Brasil é a demarcação territorial. Este direito estava reconhecido na Constituição Brasileira de 1988, mas foi contestado pela PEC 215, que dá o poder de mudar as demarcações territoriais indígenas ao Congresso Nacional em vez dos órgãos do Estado especializados na questão indígena, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas.
Além de ativista e professora, Célia Xakriabá é filósofa, poetisa, performer e artista visual. Pinta, desenha e costura suas próprias roupas. Também possui um estúdio na aldeia em que mora, no Território Xakriabá, em São João das Missões, Minas Gerais e apresenta o podcast ‘Papo de parente’, ao lado do influenciador digital Tukumã Pataxó.
9-MYRIAN KREXU
Myrian Krexu nasceu no município de Xanxerê, em Santa Catarina, mas viveu e cresceu na comunidade Terra Indígena Rio das Cobras, maior aldeia em tamanho e população do estado do Paraná com um pouco mais de 3000 pessoas, pertencente à etnia Guarani Mbyá e localizada na margem esquerda do rio Guarani.
Aprendeu a ler em português, desenhar e fazer trabalhos manuais antes de entrar na escola, pois foi ensinada pela avó, a grande responsável pela sua educação na infância. Os anciões são considerados os mais sábios da aldeia e as crianças, os membros mais importantes.
Estudou na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) onde se formou em medicina em 2013. Concluiu a especialização no Instituto de Neurologia e Cardiologia, em Curitiba, tornando-se a primeira a primeira cirurgiã cardiovascular indígena do país.
Da infância, ela carrega os aprendizados da mata e as tradições passadas de geração em geração pelo povo Guarani Mbyá.
O interesse de Myrian pela medicina surgiu na infância, quando ela quebrou o braço e entrou em contato com um médico pela primeira vez. A menina que gostava de montar e desmontar coisas logo se interessou pela profissão destinada à "consertar gente", como dizia seu pai.
Para Myrian, não é difícil juntar os saberes tradicionais com as práticas médicas que a acompanham no dia a dia: "Os saberes tradicionais são os ancestrais da ciência. Muito do que conhecemos e comprovamos hoje através dos estudos científicos começaram com a observação dos povos da floresta".
Myrian explica que “Cuidar é uma habilidade ancestral, e muitas curas que a ciência desenvolveu procedem da observação da natureza feita por indígenas”.
Ela defende a desmistificação dos indígenas por meio da educação: “Ainda somos vistos como seres místicos e folclóricos ou com uma única maneira de ser e parecer. Os indígenas devem ter a oportunidade de escrever sua história, pois os livros sempre foram escritos por não-indígenas e na visão colonizadora”.
Aprendeu a ler em português, desenhar e fazer trabalhos manuais antes de entrar na escola, pois foi ensinada pela avó, a grande responsável pela sua educação na infância. Os anciões são considerados os mais sábios da aldeia e as crianças, os membros mais importantes.
Estudou na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) onde se formou em medicina em 2013. Concluiu a especialização no Instituto de Neurologia e Cardiologia, em Curitiba, tornando-se a primeira a primeira cirurgiã cardiovascular indígena do país.
Da infância, ela carrega os aprendizados da mata e as tradições passadas de geração em geração pelo povo Guarani Mbyá.
O interesse de Myrian pela medicina surgiu na infância, quando ela quebrou o braço e entrou em contato com um médico pela primeira vez. A menina que gostava de montar e desmontar coisas logo se interessou pela profissão destinada à "consertar gente", como dizia seu pai.
Para Myrian, não é difícil juntar os saberes tradicionais com as práticas médicas que a acompanham no dia a dia: "Os saberes tradicionais são os ancestrais da ciência. Muito do que conhecemos e comprovamos hoje através dos estudos científicos começaram com a observação dos povos da floresta".
Myrian explica que “Cuidar é uma habilidade ancestral, e muitas curas que a ciência desenvolveu procedem da observação da natureza feita por indígenas”.
Ela defende a desmistificação dos indígenas por meio da educação: “Ainda somos vistos como seres místicos e folclóricos ou com uma única maneira de ser e parecer. Os indígenas devem ter a oportunidade de escrever sua história, pois os livros sempre foram escritos por não-indígenas e na visão colonizadora”.
10-CRISTINE TAKUÁ
Cristine Takuá é educadora, filósofa e artesã indígena. Graduada em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), ela vive na Terra Indígena Ribeirão Silveira, no litoral de São Paulo.
Foi aprovada no concurso público para professora da rede estadual de ensino público do Estado de São Paulo, onde passou a desenvolver o seu ativismo no âmbito da educação indígena. É professora na Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kua-I localizada na região do litoral paulista, na Terra Indígena Ribeirão Silveira, situada na divisa dos municípios de Bertioga e de São Sebastião. Nesta instituição escolar, ela leciona aulas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia.
Integra a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), organização indígena fundada em 2006 que congrega coletivos do povo guarani das regiões sul e sudeste do Brasil engajados na luta pelo território.
É fundadora do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas de São Paulo (Fapisp) e representante do Núcleo de Educação Indígena da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Cristine Takuá também é conhecida por atuar como uma teórica especializada em educação e cultura indígena, atuando como pesquisadora, professora convidada ou conferencista em diversas instituições e centros de pesquisas, a exemplo do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP).
É uma das principais teóricas do Brasil que defendem o 'bem viver' como um modelo civilizatório alternativo que busque superar a distinção estabelecida no ciência ocidental de matriz européia entre natureza e cultura.
Para Cristine Takuá o 'bem viver' é uma concepção filosófica, política e cultural que busca o equilíbrio com a natureza e o respeito entre todos os seres vivos chamada pelos povos guarani como Teko Porã.
Foi aprovada no concurso público para professora da rede estadual de ensino público do Estado de São Paulo, onde passou a desenvolver o seu ativismo no âmbito da educação indígena. É professora na Escola Estadual Indígena Txeru Ba’e Kua-I localizada na região do litoral paulista, na Terra Indígena Ribeirão Silveira, situada na divisa dos municípios de Bertioga e de São Sebastião. Nesta instituição escolar, ela leciona aulas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia.
Integra a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), organização indígena fundada em 2006 que congrega coletivos do povo guarani das regiões sul e sudeste do Brasil engajados na luta pelo território.
É fundadora do Fórum de Articulação dos Professores Indígenas de São Paulo (Fapisp) e representante do Núcleo de Educação Indígena da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
Cristine Takuá também é conhecida por atuar como uma teórica especializada em educação e cultura indígena, atuando como pesquisadora, professora convidada ou conferencista em diversas instituições e centros de pesquisas, a exemplo do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP).
É uma das principais teóricas do Brasil que defendem o 'bem viver' como um modelo civilizatório alternativo que busque superar a distinção estabelecida no ciência ocidental de matriz européia entre natureza e cultura.
Para Cristine Takuá o 'bem viver' é uma concepção filosófica, política e cultural que busca o equilíbrio com a natureza e o respeito entre todos os seres vivos chamada pelos povos guarani como Teko Porã.
11-HAMANGAÍ PATAXÓ
Hamangaí Pataxó Hã-Hã-Hãe nasceu e cresceu na Terra Indígena Caramuru Catarina Paraguassu, no município de Pau Brasil, Bahia.
Descende do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe pelo lado paterno e do povo Terena, por parte da mãe.
Neta de benzedeira, cresceu ouvindo os ensinamentos da importância das ervas no processo de cura de todos aqueles que a procuravam.
Cursa Medicina Veterinária na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Como parte da delegação do Engajamundo, em 2018 foi à Polônia participar da 24ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP24).
No ano seguinte, esteve em Roma participando do Villagio Ler La Terra, onde falou para jovens italianos da importância de se unirem em defesa da mãe Terra.
Ainda no fim de 2019, foi à Suíça em cerimônia que reuniu jovens mulheres ativistas do mundo todo.
Hamangaí é uma ativista indígena que luta principalmente pela proteção do seu território, pela floresta e denunciando o genocídio indígena que acontece no Brasil há mais de 500 anos.
É conselheira da Humana, organização que atua pelos direitos humanos de meninas e mulheres brasileiras.
Vai em escolas falar com meninos e meninas sobre o papel da juventude nas mudanças que almejam: “Essa mudança só vai ser possível quando nós reconhecermos que mudando a si mesmo e se engajando politicamente, os espaços de tomada de decisões, o nosso entorno e nossa realidade pode sim serem mudados. É trabalho de formiguinha, mas é muito importante. Muitos falam que o jovem é o futuro.”
Descende do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe pelo lado paterno e do povo Terena, por parte da mãe.
Neta de benzedeira, cresceu ouvindo os ensinamentos da importância das ervas no processo de cura de todos aqueles que a procuravam.
Cursa Medicina Veterinária na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
Como parte da delegação do Engajamundo, em 2018 foi à Polônia participar da 24ª Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP24).
No ano seguinte, esteve em Roma participando do Villagio Ler La Terra, onde falou para jovens italianos da importância de se unirem em defesa da mãe Terra.
Ainda no fim de 2019, foi à Suíça em cerimônia que reuniu jovens mulheres ativistas do mundo todo.
Hamangaí é uma ativista indígena que luta principalmente pela proteção do seu território, pela floresta e denunciando o genocídio indígena que acontece no Brasil há mais de 500 anos.
É conselheira da Humana, organização que atua pelos direitos humanos de meninas e mulheres brasileiras.
Vai em escolas falar com meninos e meninas sobre o papel da juventude nas mudanças que almejam: “Essa mudança só vai ser possível quando nós reconhecermos que mudando a si mesmo e se engajando politicamente, os espaços de tomada de decisões, o nosso entorno e nossa realidade pode sim serem mudados. É trabalho de formiguinha, mas é muito importante. Muitos falam que o jovem é o futuro.”
12-ARISSANA PATAXÓ
Nascida em Porto Seguro, Bahia, Arissana conta ter vivido “às margens do rio”, e que suas primeiras referências de arte vieram dessas memórias. Aos 16 anos, mudou-se para a aldeia urbana de Coroa Vermelha.
Em 2005, ingressou no curso de Artes Plásticas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, e concluiu a graduação em 2009, tendo desenvolvido ao longo de seus estudos atividades de extensão de arte-educação com o povo Pataxó (oficinas e produção de material didático).
É mestre em Estudos Étnicos e Africanos e doutoranda em Artes Visuais, ambos também pela UFBA.
Desenvolveu projetos voltados para a arte-educação, foi professora em escolas indígenas e do curso de formação de professores indígenas em Coroa Vermelha, na Bahia.
Participou do I Salão de Arte Indígena na Bahia, da Mostra de Cinema em Ouro Preto, e compôs a exposição coletiva “Pimeässä en ole neliraajainen” (no escuro eu não tenho quatro membros), no Centro de Trøndelag para Arte Contemporânea de Trondheim, na Noruega.
Como artista, participou de exposições coletivas e individuais. Sua primeira exposição, 'Sob o olhar Pataxó', aconteceu em 2007 no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA. A exposição 'Mira! Artes visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas', realizada em Minas Gerais e Brasília entre 2013 e 2014 também consta em sua lista.
Em 2016, foi indicada ao Prêmio PIPA, uma das principais premiações de arte contemporânea do país.
Mais recentemente, organizou a exposição “Resistência”, como parte do Fórum Social Mundial de 2018, na Bahia. A exposição, uma série de pinturas de grafismos à figura humana, remete à diversidade dos povos indígenas e a sua resistência em “solo brasileiro”.
Em 2005, ingressou no curso de Artes Plásticas na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, e concluiu a graduação em 2009, tendo desenvolvido ao longo de seus estudos atividades de extensão de arte-educação com o povo Pataxó (oficinas e produção de material didático).
É mestre em Estudos Étnicos e Africanos e doutoranda em Artes Visuais, ambos também pela UFBA.
Desenvolveu projetos voltados para a arte-educação, foi professora em escolas indígenas e do curso de formação de professores indígenas em Coroa Vermelha, na Bahia.
Participou do I Salão de Arte Indígena na Bahia, da Mostra de Cinema em Ouro Preto, e compôs a exposição coletiva “Pimeässä en ole neliraajainen” (no escuro eu não tenho quatro membros), no Centro de Trøndelag para Arte Contemporânea de Trondheim, na Noruega.
Como artista, participou de exposições coletivas e individuais. Sua primeira exposição, 'Sob o olhar Pataxó', aconteceu em 2007 no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFBA. A exposição 'Mira! Artes visuais Contemporâneas dos Povos Indígenas', realizada em Minas Gerais e Brasília entre 2013 e 2014 também consta em sua lista.
Em 2016, foi indicada ao Prêmio PIPA, uma das principais premiações de arte contemporânea do país.
Mais recentemente, organizou a exposição “Resistência”, como parte do Fórum Social Mundial de 2018, na Bahia. A exposição, uma série de pinturas de grafismos à figura humana, remete à diversidade dos povos indígenas e a sua resistência em “solo brasileiro”.
13-DAIARA TUKANO
Daiara Hori Figueroa Sampaio, nasceu em São Paulo em 1982, em uma família de lideranças indígenas, em meio a um contexto político de movimentação social indígena antecedente à Constituinte.
Conhecida como Daiara Tukano ou Duhigô, é descendente do povo Tukano, do alto Rio Negro, Amazonas, fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela.
Vive atualmente em Brasília, enquanto parte de sua famíla vive na Aldeia Balaio, próxima ao município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Foi correspondente da Rádio Yandê, a primeira rádio indígena do Brasil.
Mestre em Direitos Humanos pela Universidade de Brasília (UnB), pesquisou o direito à memória e à verdade dos povos indígenas.
Seu papel como ativista indígena anda ao lado do seu trabalho como artista. Em seu trabalho artístico Daiara Tukano tem uma produção eclética e se destacapor sua pesquisa dos desenhos tradicionais do objetos dos Tukano; e também das mirações causadas pelas medicinas, cantos e cerimônias.
Em 2020, ela se tornou a artista indígena a ter o maior mural de arte urbana do mundo, sendo a primeira a pintar uma empena. A obra ocupa mais de 1.000 m² no histórico Edifício Levy, no Centro de Belo Horizonte, Minas Gerais. Na imagem vê-se uma mãe carregando o seu filho.
Ainda em 2020, Daiara participou de uma exposição coletiva na Pinacoteca de São Paulo - a primeira em mais de 100 anos de existência que o museu paulistano recebe uma mostra exclusiva de arte indígena. A mostra 'Véxoa: Nós sabemos' contou com a participação de 23 artistas e ficou em exibição até março de 2021.
Para Daiara Tukano, é preciso deixar mais nítido que há uma imensa diversidade entre os povos indígenas e ultrapassar a crença de que só há indígena na Amazônia.
Conhecida como Daiara Tukano ou Duhigô, é descendente do povo Tukano, do alto Rio Negro, Amazonas, fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela.
Vive atualmente em Brasília, enquanto parte de sua famíla vive na Aldeia Balaio, próxima ao município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.
Foi correspondente da Rádio Yandê, a primeira rádio indígena do Brasil.
Mestre em Direitos Humanos pela Universidade de Brasília (UnB), pesquisou o direito à memória e à verdade dos povos indígenas.
Seu papel como ativista indígena anda ao lado do seu trabalho como artista. Em seu trabalho artístico Daiara Tukano tem uma produção eclética e se destacapor sua pesquisa dos desenhos tradicionais do objetos dos Tukano; e também das mirações causadas pelas medicinas, cantos e cerimônias.
Em 2020, ela se tornou a artista indígena a ter o maior mural de arte urbana do mundo, sendo a primeira a pintar uma empena. A obra ocupa mais de 1.000 m² no histórico Edifício Levy, no Centro de Belo Horizonte, Minas Gerais. Na imagem vê-se uma mãe carregando o seu filho.
Ainda em 2020, Daiara participou de uma exposição coletiva na Pinacoteca de São Paulo - a primeira em mais de 100 anos de existência que o museu paulistano recebe uma mostra exclusiva de arte indígena. A mostra 'Véxoa: Nós sabemos' contou com a participação de 23 artistas e ficou em exibição até março de 2021.
Para Daiara Tukano, é preciso deixar mais nítido que há uma imensa diversidade entre os povos indígenas e ultrapassar a crença de que só há indígena na Amazônia.
14-SÔNIA ARA MIRIM
Sonia Ará Mirim é descendente do povo Xukuru-Kariri do Nordeste, mas foi acolhida pelos Guarani de São Paulo tornando-se líder indígena dos Guarani Mbya que vivem na Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo, localizada na Zona Norte da capital, a menor área indígena demarcada do país.
Sônia relata que seu pai foi assassinado por grileiros e, logo após, sua família foi expulsa de suas terras e precisou migrar para São Paulo. Em 1990, na região de Parelheiros, no sul do estado, Sônia foi acolhida pela comunidade Guarani local e reconhecida como indígena. Por lá, aprendeu suas línguas e costumes.
Ambientalista e defensora dos direitos indígenas Sonia Ará Mirim formou um grupo de brigadista florestal que combate as queimadas na região do Jaraguá, uma das poucas regiões de Mata Atlântica nativa do estado de São Paulo.
Em janeiro 2020, liderou o movimento de resistência contra a construtura Tenda que pretende criar um empreendimento de alto padrão de cinco prédios no terreno vizinho da Terra Indígena Jaraguá, onde vivem 700 guaranis.
Em junho de 2021, Sonia Ará Mirim liderou manifestação dos Guarani Myba contra o Projeto de Lei (PL) 490/2007, que praticamente inviabiliza a demarcação de terras indígenas, coloca em risco os povos isolados, além de abrir o território para exploração comercial.
Sônia não se considera uma liderança e sim uma mulher ativista que luta pelos direitos, “muitas vezes não só pelos Guaranis, mas para vários povos também. Sempre falo que líder é aquele que sempre está na linha de frente e eu geralmente estou dando resguardo. Nós estamos aqui para apoiar e com a luta seguindo em frente”.
15-RENATA TUPINAMBÁ
Renata ou Aratykyra (seu nome indígena), da etnia Tupinambá, é uma figura multifacetada, atuando como jornalista, produtora, poeta, curadora, consultora, roteirista e artista visual.
Há mais de 15 anos, ela tem se dedicado à difusão das culturas indígenas através de projetos de etnocomunicação. Renata é membro do projeto 'Levanta Zabelê', localizado na comunidade de Una, na Bahia.
Como co-fundadora da Rádio Yandê, pioneira como web rádio indígena no Brasil, ela desempenhou um papel crucial na promoção da voz e da expressão indígena.
Além disso, Renata é fundadora da produtora indígena Originárias Produções e criadora do Podcast Originárias, que apresenta entrevistas com artistas e músicos indígenas, sendo parte integrante da central de Podcasts femininos PodSim.
Ela também colabora com a transmídia Visibilidade Indígena, demonstrando seu compromisso contínuo com a representação e visibilidade das comunidades indígenas.
Foi uma das idealizadoras e curadora do primeiro Festival de Música Indígena contemporânea no Unibes Cultural em 2019. É membro do conselho curador da TV Cultura desde 2020. Foi embaixadora do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) 2020, e também do Women’s Music Event 2021-2022.
Roteirista e assessora na série “Sou Moderno, Sou Índio”, de 13 episódios de 26 minutos, do Cine Brasil TV, produtora Lente Viva filmes, que provoca uma desconstrução dos estereótipos a respeito dos povos indígenas e diferentes realidades. A série recebeu Prêmio Especial do Júri da Categoria Jallalla no 16º Festival Arica Nativa, Chile, 2021. Prêmio de melhor série no 10º Latino and Native American Film Festival, Connecticut, USA, 2022.
16-MAJU TRAYTOWU
Majur Traytowu, da etnia Boé Bororo, é a primeira cacica trans do Brasil, liderando a Aldeia Apido Paru da Terra Indígena Tadarimana, em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá.
Identificando-se como mulher desde a infância, desempenhou papéis femininos na comunidade, como as cerimônias de luto.
Além de lutar por melhorias na aldeia, com educação média, é fluente em português e na língua nativa, e possui habilidades em matemática.
Anteriormente, trabalhava como agente de saúde indígena, mas agora concentra-se exclusivamente na liderança.
Anteriormente, trabalhava como agente de saúde indígena, mas agora concentra-se exclusivamente na liderança.
A figura da cacica ficou conhecida fora da terra indígena por acaso. Em 2018, uma equipe de documentaristas foi até a aldeia Apido Paru entrevistar o pai de Majur. Encarregada pela comunicação de seu povo com os não-indígenas, Majur trabalhou como intérprete do pai. Surpresos com a moça, a equipe de filmagens quis saber se ele aceitaria virar tema de filme.
Àquela altura, Majur era o nome que ela usava nas redes sociais. Trata-se, ela explica, de uma inversão das sílabas de seu nome masculino: Ju-Mar. Foi com ele que Majur batizou o filme sobre seu cotidiano, lançado em 2018. Desde então, é com ele que se apresenta.
Desde que assumiu o cacicado, Majur conta que se concentrou em levar infraestrutura nova para a aldeia. Na Apido Paru, moram cerca de 80 pessoas. Mas o número, diz ela, pode variar, visto que os Boé Bororo migram com frequência.
A aldeia Apido Paru faz parte de um conjunto com outras aldeias na Terra Indígena Bororo, cada uma com seu cacique. A reserva tem um cacique central, que é o cacique dessa aldeia gigantesca. E cada aldeia tem seu cacique. Nenhum cacique está acima de outro. Todo mundo tem seu posto.
Majur Traytowu conta que seu povo respeita sua identidade de gênero. O que lhe tira o sono são as invasões de madeireiros à terra indígena. Nos últimos anos, cresceu o número de madeireiros ilegais e caçadores na Terra Indígena Tadarimana.
17-KATÚ MIRIM
Katú Mirim, rapper, compositora, atriz e ativista, aborda em seu trabalho a história da colonização, dando destaque à perspectiva indígena.
Nasceu e cresceu no interior paulista. Com onze meses de idade foi adotada por um casal de não-indígenas. Teve conhecimento de que era adotada ainda na infância e aos treze anos descobriu que era filha biológica de pai indígena e mãe negra. Descobriu que sua família biológica é composta por indígenas e negros. Sua bisavó materna foi sequestrada da aldeia pelo seu avô, já sua família paterna tem como ascendente o povo Boé Bororo.
Através do rap, ela compartilha experiências, fortalece identidades, desafia estereótipos, fala das suas vivências, identidade, gênero e orientação sexual.
Levanta questões, até então pouco discutidas no cenário musical atual, como indígenas em contexto urbano, o resgate da ancestralidade, o uso indiscriminado da cultura indígena e a forma como são tratados os indígenas no Brasil.
Mulher lésbica, Katú entrou no mundo do rap em 2017, com o single Aguyjevete, que trata da resistência dos povos nativos, tema recorrente em sua obra. No mesmo ano, ela ganhou destaque com a hashtag "Índio Não é Fantasia", provocando discussões sobre a apropriação folclórica e descontextualizada dos costumes indígenas.
Também em 2017, fundou o “VI Visibilidade Indígena”, dedicado à luta pelos direitos e à representatividade dos povos indígenas.
Em 2018 participou da gravação da música “Retomada”, juntamente com Marina Peralta e Afrojess.
Em 2019 foi a primeira artista indígena brasileira a realizar show para a marca Levi’s.
Prestou consultoria à Maurício de Sousa Produções na construção do espetáculo "Brasilis".
Foi a primeira indígena brasileira a tocar na rádio CBC (Canadian Broadcasting Corporation).
18-SANDRA BENITES
Nascida em 1975 na Terra Indígena Porto Lindo, município de Japorã (MS), em 1975. É descendente do povo Guarani Nhandeva.
Sandra Benites é uma pesquisadora, antropóloga e ativista Guarani. Além disso, é reconhecida como curadora de arte e educadora, destacando-se por seu engajamento na demarcação territorial e na promoção de uma educação de qualidade para os povos Guarani.
Sua trajetória é marcada pela defesa da emancipação das mulheres de sua comunidade, conhecidas como 'kunhangue arandu', e pela resistência à colonização e à hegemonia do conhecimento acadêmico.
Ela é fluente em sua língua natal, o guarani, e também em português, inglês e espanhol.
No âmbito da educação, ela atuou como professora entre 2004 e 2012 em uma escola Guarani e também auxiliou a prefeitura de Maricá, Rio de Janeiro, com assessoria pedagógica. Em 2017 ela concluiu seu curso em licenciatura intercultural indígena na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), dando o enfoque de sua pesquisa às necessidades específicas das crianças Guarani na educação. Ela é mestre em antropologia social pelo programa de pós-graduação do Museu Nacional e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também pesquisou educação indígena, e em seu doutorado.
Em seu trabalho como curadora artística ela integrou, entre 2016 e 2018, a equipe da curadoria do Museu de Arte do Rio de Janeiro (MAR) atuando no projeto “Dja Guata Porã: Rio de Janeiro Indígena” juntamente com os curadores Pablo Lafuente e Clarissa Diniz, e o professor José Ribamar Bessa Freire. Mais tarde, em 2019, ela se tornou curadora adjunta do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp), tendo sido a primeira mulher indígena a ocupar o cargo de curadora de uma instituição de arte do Brasil.
19-JULIANA ALVES JENIPAPO
Juliana Alves Jenipapo nasceu e se criou no bioma Mata Atlântica: na aldeia Jenipapo-Kanindé, território indígena da Lagoa Encantada, município de Aquiraz, no Ceará.
Filha da primeira mulher cacica do Brasil, a Cacica Pequena, desde os 12 anos acompanhou sua mãe no movimento indígena e teve uma juventude baseada na luta.
Aos 14 anos, teve sua primeira responsabilidade: ser conselheira representando um grupo de jovens da aldeia dentro do Conselho local de Saúde. E, aos 16 anos, Juliana foi mãe e isso marcou para sempre a sua vida, inspirando-a e dando mais força para continuar lutando em prol de seu povo e também do movimento indígena do Ceará.
Por um período, largou os estudos mas, quando a filha estava com sete anos, retornou a uma rotina da qual nunca mais parou: finalizou o Ensino Médio, fez graduação em Licenciatura Intercultural Indígena pela Universidade Federal do Ceará (UFC), formando-se em 2016, Especialização em Gestão Escolar e Coordenação Pedagógica pela Faculdade Kurios, no mesmo ano, e mestrado em Antropologia também pela UFC, concluído em 2022.
Juliana é professora indígena e uma das fundadoras da Articulação Nacional de Mulheres Indígenas Guerreira da Ancestralidade e vice-coordenadora da Articulação das Mulheres Indígenas do Ceará (Amice).
Atualmente está à frente da Secretaria dos Povos Indígenas do Ceará e é a Cacica Irê do povo Jenipapo-Kanindé.
20-TXAI SURUÍ
Txai Suruí nasceu em Rondônia em 1997. Seu nome de batismo é Walelasoetxaige Paiter Suruí, que significa "mulher inteligente, gente de verdade", enquanto Txai quer dizer “mais que amigo, mais que irmão, a metade de mim que existe em você e a metade de você que habita em mim", na língua dos índios Kaxinawá.
É filha de Ivaneide Cardozo, mais conhecida por Neidinha Suruí, e de Almir Suruí, ambos referências da luta indígena por equidade.
Txai é uma líder indígena ativista brasileira, coordenadora do Movimento da Juventude Indígena e trabalha na organização não governamental de defesa dos direitos indígenas Kanindé. Além disso, é Embaixadora da Z1, um programa de embaixadores de uma conta digital para adolescentes.
Txai Suruí, a primeira do povo Suruí a estudar Direito na Universidade Federal de Rondônia (Unir), teve um discurso marcante na abertura da COP26 em Glasgow, Escócia, em 2021. Em novembro de 2021, discursou, em inglês, na abertura da Conferência do Clima da ONU, a COP26, tornando-se a primeira indígena a alcançar tal feito.
Mais tarde, representou várias organizações na Estocolmo+50, evento que discutiu o futuro do planeta.
Ela trabalha com sua mãe, Neidinha, na ONG Kanindé, fundada em 1992 para defender direitos humanos e ambientais, promovendo a identidade e cultura indígena.
Foi eleita pela revista "Forbes" como uma das personalidades mais influentes com menos de 30 anos do Brasil na categoria "Empreendedorismo social e terceiro setor".
21-DENILSON BANIWA
Nascido em Barcelos, no interior do Amazonas, Denilson Baniwa é indígena do povo Baniwa.
É um artista visual e um dos responsáveis pela coordenação da Rádio Yandê, que tem como objetivo difundir a cultura indígena para além das aldeias.
Seus trabalhos expressam sua vivência como um indígena do tempo presente, mesclando referências tradicionais e contemporâneas indígenas, e se apropriando de ícones ocidentais para tratar da luta dos povos originários em diversos suportes e linguagens.
É reconhecido como um dos artistas contemporâneos mais importantes da atualidade no Brasil por romper paradigmas e abrir caminhos ao protagonismo dos indígenas no território nacional.
Iniciou sua trajetória como artista a partir das referências culturais do seu povo, os Baniwa, ainda na infância, na aldeia Darí, no Rio Negro, Amazonas, ao observar as mulheres construindo utensílios que seriam usados no cotidiano. Sua primeira impressão de pintura foi a corporal, a partir da tinta extraída do crajirú. Entre rituais e tradições, Baniwa desenvolveu sua identidade a partir da arte e cultura de seu povo.
Participou de diversas exposições, sendo algumas como “Dja Guata Porã” em 2017, no Museu de Arte do Rio; “Terra Brasilis: o agro não é pop!”, em 2018, na Galeria de Arte da Universidade Federal Fluminense; e, em 2019, a exposição “Vaivém”, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Em setembro de 2019, Baniwa participou de uma exibição internacional em Toronto, Canadá, do Arctic Amazon Symposium. Em sua carreira Denilson Baniwa também ganhou dois prêmios: o prêmio Festival Festas de Lisboa, em 2014, na categoria ilustração e o prêmio Pipa de Arte Contemporânea, em 2019, na categoria online.
Como ativista pelo direito dos povos indígenas, realiza, desde 2015, palestras, oficinas e cursos, atuando fortemente nas regiões sul e sudeste do Brasil e também na Bahia.
22-KAKÁ WERÁ
Kaká Werá, de origem Tapuya e nascido em uma aldeia guarani, é fundador do Instituto Arapoty, focado na difusão dos conhecimentos indígenas. Ele também integra a rede de Empreendedores Sociais da Ashoka.
Com mais de 25 anos de experiência, Kaká atua como autor, ativista, professor, palestrante e terapeuta, promovendo o autoconhecimento e liderança pessoal.
Ele se baseia na sabedoria ancestral da Tradição Tupi e possui formação em Liderança Pública, Empreendedorismo Social, Master Coaching e Formação Holística de Base.
Foi um dos primeiros indígenas a difundir os saberes dos povos originários através da literatura e de conferências nacionais e internacionais.
Nos anos oitenta Kaká Werá notabilizou-se pelo empreendedorismo social; desenvolvendo projetos sustentáveis, criando tecnologias sociais que aliaram arte, valorização de culturas e cooperatividade.
Autor de diversos livros, algumas de suas obras foram premiadas, como “Todas as Vezes que Dissemos Adeus” (1994), “Terra dos Mil Povos” (1997) e “Fabulosas Fábulas de Iauaretê” (1999).
Com criações diversas, Kaká Werá escreveu ainda, duas peças teatrais premiadas, “Morená” e “O Menino Trovão”.
Tornou-se um dos precursores da literatura indígena no Brasil e uma autoridade na difusão dos saberes e valores ancestrais.
Já fez conferências sobre respeito à diversidade cultural no Reino Unido, Estados Unidos, Israel, Índia, México e França.
Destaca-se hoje no desenvolvimento de pessoas e como facilitador de processos de autoconhecimento, tendo por base a sabedoria da tradição tupi-guarani.
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