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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

📚 Brincadeiras de origem africana


BRINCADEIRAS AFRICANAS 
Educação Infantil e Ensino Fundamental I

As brincadeiras, principalmente, possuem a capacidade de promover a socialização entre os alunos, que divertindo-se entre si, sejam os afrodescendentes, os descendentes de índios, italianos, alemães, portugueses, ou qual for a ascendência, simplesmente se divertem juntos, riem juntos e aprendem juntos. Isso é fundamental para criar uma nação igualitária. Ferramentas simples e inteligentes, além de engajar os alunos, contribuem para que se tornem pessoas tolerantes no presente e futuro.

Confira várias brincadeiras oriundas da cultura africana para que os professores possam levar a sala de aula um pouco mais desse continente tão amado e desconhecido.

TERRA-MAR MOÇAMBIQUE:
Uma longa reta tem de ser riscada no chão. De um lado escreve-se “terra”, e do outro “mar”. De início, todas as crianças podem ficar no lado da terra. Quando o orientador disser – mar! , todos devem pular para esse lado. O professor ou aluno que estiver ditando a brincadeira vai variando os dizeres, e quem ficar no lado errado está fora. O último a permanecer sem errar, vence.

ESCRAVOS DE JÓ:
É uma brincadeira de roda guiada por uma cantiga bem conhecida, cuja letra pode mudar de região para região. Para brincar, é preciso no mínimo duas pessoas. Todos têm suas pedrinhas e no começo elas são transferidas entre os participantes, seguindo a sequência da roda. Depois, quando os versos dizem “Tira, põe, deixa ficar!”, todas seguem a orientação da música. No verso “Guerreiros com guerreiros”, a transferência das pedrinhas é retomada, até chegar ao trecho “zigue, zigue, zá!”, quando os participantes movimentam as pedras que estão em mãos para um lado e para o outro, sem entregá-las a ninguém. O jogador que erra os movimentos é eliminado da brincadeira, até que surja um único vencedor.

"Escravos de jó
Jogavam cachangá
Tira, põe, deixa ficar
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-za
Guerreiros com guerreiros
Fazem zig-zig-za"

Com uma pedra em uma das mãos, sem que o outro saiba, todos os jogadores colocam-se de frente um para o outro. Na aresta inicial do labirinto são colocadas duas pedras diferentes, sendo uma de cada jogador. O jogador que tem a pedra estende o braço com os punhos fechados e o colega tem de adivinhar em qual das mãos a pedra está. Se acertar, sua peça é deslocada em uma aresta do labirinto. Se o jogador errar, a peça de seu oponente é que irá avançar. Aquele que chegar primeiro na última aresta do labirinto vence o jogo.

PULAR CORDA:
Preferida das meninas, tanto na versão tradicional quando nas versões diferenciadas em que a brincadeira é guiada por alguma cantiga. Além de ser divertida para o lazer, é uma atividade excelente para exercitar o coração e a coordenação motora. Pode ser praticada tanto individualmente quanto em grupo, quando duas pessoas seguram as pontas das cordas e movimenta o instrumento para que um ou mais participantes possam pular. Quem esbarrar na corda sai da brincadeira. Ou simplesmente perde, e continua!

MAMBA – ÁFRICA DO SUL:
Marque e estabeleça os limites no chão. Todos devem permanecer dentro deles. Escolha um jogador para ser a mamba (cobra). A cobra corre ao redor da área marcada e tenta apanhar os outros. Quando um jogador é pego, ele segura sobre os ombros ou a cintura do jogador que representa a cobra e assim sucessivamente. Somente o primeiro jogador (a cabeça da serpente) pode pegar outras pessoas. Os outros jogadores do corpo podem ajudar não permitindo que os adversários passem, pois estes não podem passar pelo corpo da serpente. O último jogador que não for pego vence a partida.

PULAR ELÁSTICO:
Outra muito apreciada pelas meninas! Para brincar, basta separar pelo menos 2 metros de elástico de roupa e dar um nó. É necessário no mínimo 3 participantes: duas para segurar o elástico e outra para pular. As duas crianças que vão segurar o elástico ficam em pé, frente a frente, e colocam o elástico em volta dos tornozelos para formar um retângulo. Daí, o participante da vez faz uma sequência de saltos: pula para dentro, sobre e para fora do elástico, tentando completar a tarefa sem tropeçar. O grau de dificuldade aumenta ao longo da disputa: o elástico ainda deve subir do tornozelo para o joelho, cintura, tronco e pescoço. Dependendo da altura das crianças, o jogo vai ficando impraticável, mas é o desafio que estimula a brincadeira!

PEGUE A CAUDA – NIGÉRIA:
Os jogadores se dividem em equipes. Cada equipe forma uma fila segurando pelo ombro ou cintura. O último jogador coloca um lenço no bolso ou cinto. A primeira pessoa na linha comanda a equipe na perseguição e tenta pegar uma ‘cauda’ de outra equipe. Ganha quem pegar mais lenços. Se houver apenas duas equipes, vence quem pegar primeiro.

PENGO PENGO – UGANDA:
Nesse jogo há dois líderes. Cada criança, por sua vez, vai até vai até os líderes e estes pedem para escolher entre carne e arroz ou azul e verde. Após a escolha feita pela criança, esta vai para trás do líder que representa a sua escolha. Depois que todas as crianças escolheram, elas formam uma fila atrás de seu líder agarradas pelas mãos ou cintura. Os líderes, segurando as mãos um do outro, iniciam um cabo de guerra. Ganha quem conseguir arrastar o líder da equipe adversária.

📚 Projeto: Minha pele de ébano é...


PROJETO CONSCIÊNCIA NEGRA
Minha pele de ébano é...

PÚBLICO ALVO: 
1º, 2º ou 3º do Ciclo I

DURAÇÃO:
2 semanas

JUSTIFICATIVA:
A Lei nº 10.639, inclui o dia 20 de novembro no calendário escolar, data em que comemoramos o Dia da Consciência Negra. A escolha dessa data não foi por acaso, pois em 20 de novembro de 1695, Zumbi: líder do quilombo de palmares foi morto em uma emboscada em Pernambuco.
O Projeto tem por objetivo oferecer o desenvolvimento da expressão corporal, oral e cultural dos alunos, através de momentos de interpretação, danças, músicas, poesias, contos, pinturas, para ampliação dos conhecimentos e formação de hábitos e atitudes fundamentais nos valores éticos.
Com este conhecimento, vivenciar e valorizar abcultura negra como forma de identificação e resgate da autoestima do educando afrodescendente.

OBJETIVOS:
• Valorizar a cultura negra e seus afrodescendentes e afro-brasileiros, na escola e na sociedade;
• Entender e valorizar a identidade da criança negra;
•Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;
Desmitificar o preconceito relativo aos costumes religiosos provindos da cultura africana;
• Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.

CONTEÚDO:
O conteúdo foco é a educação voltada para consciência da importância do negro para a constituição e identidade da nação brasileira e, principalmente, do respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e do preconceito, desenvolvido por meio de um processo educativo do debate, do entorno, buscando nas nossas próprias raízes a herança biológica e/ou cultural trazida pela influência africana.

DESENVOLVIMENTO:
- 1ª Atividade:
Hora do conto Africano, 2 dias;
- 2ª Atividade:
Hora da música: “Alegria da Cidade”, de Margareth Meneses, 2 dias;
- 3ª Atividade:
Hora do jogral, 5 dias;
- 4ª Atividade:
Hora da Arte, 3 dias;
- 5ª Atividade:
Hora da capoeira e do jogo, 3 dias.

CULMINÂNCIA E AVALIAÇÃO:
Escolher a data das apresentações de todo o trabalho realizado. Pode-se usar a área da Escola ou outro espaço disponível. Convidar os pais(responsáveis) para participarem das apresentações e poderem também resgatar um pouco de sua cultura através dos trabalhos dos seus filhos. Realizar a avaliação processual, observando, principalmente o interesse das crianças pelas atividades.

📚 Consciência Negra


DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA 
20 de novembro

A Consciência Negra é celebrada no dia 20 de novembro. Esse dia foi escolhido em homenagem a Zumbi dos Palmares, data na qual morreu, lutando pela liberdade do seu povo no Brasil. Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi um personagem que dedicou sua vida lutando contra a escravatura no período do Brasil Colonial, onde os escravos começaram a ser introduzidos por volta de 1594. 
 
Os quilombos eram lugares, em geral, de difícil acesso, para onde iam os africanos e seus descendentes, fugindo da escravidão. Especificamente, o quilombo dos Palmares foi fundado em 1597 e por quase 100 anos resistiu aos inúmeros ataques das forças do governo e dos fazendeiros. Em 1694, no entanto, foi destruído e, no ano seguinte Zumbi foi morto. Isso porque em 20 de novembro de 1695, depois de ser traído por um companheiro, ele foi preso e morto pelas tropas portuguesas.
 
O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que atualmente, faz parte do munícipio de União dos Palmares no estado de Alagoas.
 
Zumbi dos Palmares é símbolo da resistência negra e por isso existe um monumento em sua homenagem, na cidade do Rio de Janeiro. 
O dia da Consciência Negra é dedicado à reflexão sobre a situação do negro na sociedade brasileira, sua luta pela liberdade e participação na construção do país. Os africanos contribuíram em diversos aspectos para a cultura brasileira. Podemos citar: a dança, música, religião, culinária e idioma. Considerado a maior identidade musical brasileira o Samba tem origem na cultura africana, assim como a capoeira. Na culinária as influências estão no: vatapá, caruru, acarajé e bobó. A feijoada carioca é o prato típico mais apreciado pelos brasileiros.

Muitos vocabulários que usamos com frequência vieram de idiomas africanos como: curinga,  moleque, gangorra, dengo, cachimbo, fubá, cafuné, quitanda, batucada, quiabo, etc. 
 
Durante mais de trezentos anos, os negros africanos trabalharam na condição de escravizados no Brasil. Eles eram trazidos da África nos navios negreiros e aqui vendidos para trabalhar nas lavouras, nas minas de ouro e nas casas dos fazendeiros. 

A maioria dos escravizados levava uma vida muito sacrificada; vivia em casas muito pobres, chamadas senzalas, sofria maus tratos e não tinha nenhum direito. 
O escravizado era mercadoria cara, valia muito. Quando um patrão comprava um escravizado, passava a ser dono dele, nada pagando pelo trabalho que ele fazia. Muitas pessoas não concordavam com o tratamento que eles recebiam. Por esse motivo, surgiram movimentos contrários à escravidão. 
 
No ano de 1.850 foi assinada uma lei que proibia a entrada de escravizados no país. A partir dessa conquista tornou-se mais intensa a campanha pela libertação dos negros.

Em 1.871 foi aprovada a Lei do Ventre Livre, que declarava livre os filhos dos escravizados nascidos a partir daquela data. Esta lei dizia que as crianças tinham que ficar com as mães.

Em 1.885 surgiu a Lei dos Sexagenários, que declarava livres os escravizados com mais de 60 anos.

Finalmente no dia 13 de maio de 1.888, a princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, assinou a Lei Áurea, que terminou com a escravidão negra no Brasil.
 
No Brasil, os documentos que registravam a origem desses povos foram queimados logo após a abolição da escravatura. A ideia era apagar a história negra do país. Em 14 de dezembro de 1890, o ministro da Fazenda, Ruy Barbosa assinou um despacho ordenando a destruição de documentos referentes à escravidão. Acredita-se que o ministro emitiu o documento com a intenção de que os ex-proprietários de escravizados não pudessem pedir indenização após a abolição. Outros interpretam a queima dos documentos relativos à escravidão brasileira como à busca pelo apagamento de um passado vergonhoso e a reconstrução da história por vias dos ideais de progresso.

📚 Sequência Didática: Minha família é colorida


Sequência Didática
Minha família é colorida

Livro: Minha família é colorida
Autora: Georgina Martins
Ilustrações: Maria Eugênia
Editora: Edições Sm
Sinopse:
Ângelo tem um irmão de cabelos lisos, outro de cabelos encaracolados, uma mãe de pela branca, uma avó que é negra... Por que todo mundo é diferente? E como todos fazem parte da mesma família, já que quase ninguém se parece? Você vai descobrir junto com Ângelo que, muitas vezes, nossas raízes estão lá de longe, em lugares que nem imaginamos - e isso nos faz ter muitos pedacinhos diferentes, de pessoas diferentes, que viveram em lugares dos quais nunca ouvimos falar... Você sabe de onde você vem?

O que o aluno poderá aprender com esta sequência:
●Aprimorar o desenvolvimento da leitura a partir -de uma história de literatura infantil;
●Ler e interpretar, com desenvoltura, um livro de literatura infantil que aborda o tema;
●Reconhecer a seqüência lógica dos fatos narrados, exercitando a linguagem oral;
●Verbalizar características familiares, registrando pequenas frases sobre o assunto.

Duração das atividades:
●2 aulas de aproximadamente 50 minutos.

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno:
●O aluno deve estar alfabetizado e inserido no processo de letramento.

Estratégias e recursos da aula:
Momento 1
●Ler com a turma o livro de literatura infantil: -“Minha família é colorida”, de Georgina Martins.
* Se a professora conseguir vários exemplares do livro, pode colocar os alunos sentados em dupla e pedir para cada hora um fazer a leitura do livro em voz alta.
Momento 2
Fazer uma interpretação oral com a turma:
●Quais eram as características físicas de Ângelo?
●Com quem ele se parecia? (pele morena e cabelos enrolados, se parecia com a sua bisavó paterna)
●Quem é o pai do pai do pai do Ângelo? (seu bisavô)
●Como ele era de acordo com o livro? (olhos azuis, pele branca e loiro)
●O Camilo, irmão do Ângelo, é igual a ele?
●Por que no final da história o Ângelo disse que sua família parece com sua caixa de lápis de cor?
Momento 3
●A partir do livro trabalhado, a professora deve conversar com os alunos sobre as características físicas de suas famílias.
●Quem se parece com os avós? Em que você se parece com eles?
O que você puxou da sua mãe?
E do seu pai? Quem é muito parecido com o irmão? Quem é muito diferente do irmão?
●Quem da turma também tem uma família colorida?
●Após essa conversa informal, pedir que os alunos desenhem no caderno ou em uma folha, 3 pessoas de sua família, escrevendo as características dessa pessoa (cor dos olhos, tipo e cor dos cabelos, cor da pele, altura, tamanho dos olhos, etc). O aluno pode escrever com quem do desenho ele parece. Ex:
Desenho 1: Minha mãe tem a pele morena, cabelos compridos, preto e enrolado. Ela tem os olhos puxados e pretos.
Desenho 2: Meu tio tem os olhos azuis, cabelo preto e é alto.
Desenho 3: Minha irmã se parece comigo, mas tem os olhos azuis como meu tio.

Avaliação:
●Observar a leitura dos alunos avaliando a fluência;
●Observar, através da interpretação oral, se compreenderam a história trabalhada;
●Observar se foram capazes de ordenar as frases referentes à história;
●Observar se conseguiram relacionar o grau de parentesco de alguns personagens, através da atividade do momento 3;
●Observar se relacionam suas próprias características físicas com as de suas famílias, através da última atividade proposta;
●Perceber o avanço em relação à aquisição do código escrito dos alunos, através da elaboração de frases sobre o tema estudado.

quinta-feira, 9 de novembro de 2023

📚 Sequência Didática: Pretinho, meu boneco querido - Maria Cristina Furtado


SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Livro: Pretinho, meu boneco querido
Autora: Maria Cristina Furtado
Ilustrações: Ellen Pestili
Editora do Brasil
Sinopse:
Tudo começa no aniversário de 8 anos de Nininha, quando ganha de presente um boneco negro como ela. Logo que chega, Pretinho tem de lidar com o ciúme e com o preconceito dos demais bonecos, que não o aceitam pelo fato de ele ser negro.

TEMA: 
- Valorização da cultura negra.

GÊNEROS TEXTUAIS:
- textos instrucionais, listas, bilhetes, convites, poemas.

OBJETIVOS:
-Valorizar a cultura negra e seus afrodescendentes e afro-brasilleiros, na escola e na sociedade;
-Entender e valorizar a identidade da cultura negra;
-Redescobrir a cultura negra, embranquecida pelo tempo;
-Reconhecer finalidades de textos lidos pelo professor ou pelas crianças;
-Localizar informações explícitas em textos de diferentes gêneros;
-Estabelecer relações de intertextualidade entre textos;
-Trazer à tona, discussões provocantes, por meio das rodas de conversa, para um posicionamento mais crítico frente à realidade social em que vivemos.

COMPONENTES CURRICULARES:
- Língua Portuguesa;
- História;
- Matemática;
- Artes.

PÚBLICO ALVO:
- 3° ano do ensino fundamental.

DURAÇÃO:
- 2 semanas.

DESENVOLVIMENTO:
- O desenvolvimento do projeto estará em consonância com os blocos temáticos citados e será feito de acordo com as necessidades da turma e a realidade local, estabelecendo a problemática e a proposta de conteúdo para a classe. O tema será desenvolvido na sala de aula por meio de atividades para a sua exploração, sistematização e para a conclusão dos trabalhos.

ATIVIDADES:
-Hora da história: Pretinho, meu boneco querido;
-Leitura e análise do livro a partir da capa;
-Promover uma discussão reflexiva sobre possíveis assuntos que serão abordados através da história;
-Construção coletiva de um boneco negro. Todos os dias um aluno sorteado leva o boneco pra casa;
-Produzir um pequeno livro com os relatos das experiências dos alunos com o boneco em casa;
-Reflexão sobre alguns artigos do livro "Declaração Universal dos Direitos Humanos";
-Confeccionar cartazes (recorte e colagem) com fotos que tratam da diversidade étnica brasileira e a cultura negra;
-Confeccionar tabelas e gráficos sobre a população brasileira;
-Pesquisa individual sobre o "Dia da Consciência Negra".

AVALIAÇÃO:
- A avaliação acontecerá em qualquer momento do processo educativo, de forma contínua, diagnóstica, com a intenção primordial de rever a própria prática docente, criando novas possibilidades para estimular os alunos a desenvolverem suas potencialidades, levando em conta, principalmente, os avanços individuais dentro da coletividade e a participação no desenvolvimento de todas as atividades de acordo com as peculiaridades de cada aluno.

CONSIDERAÇÕES FINAIS:
-O trabalho de educação antirracista deve começar cedo. A criança negra precisa se reconhecer negra, aprendendo a respeitar a imagem que tem de si mesma e ter modelos que confirmem essa expectativa. O projeto vida a alegria e a majestade da cultura africana, sem constrangimentos e nem equívocos. Portanto, esse projeto trata de uma proposta construída, mas não acabada e estará sujeito a mudanças de acordo com o cotidiano em sala de aula.
A história e a cultura negra devem ser abordadas numa perspectiva positiva, valorizando a identidade negra e desconstruindo o mito da democracia racial em nosso país.

📚 Projeto: Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!


Projeto:
Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!

Livro: Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!
Autora: Lucimar Rosa Dias
Ilustradora:  Sandra Beatriz Lavandeira
Editora: Alvorada
Sinopse:
O livro “Cada um com seu jeito, cada jeito é de um” conta uma história leve e divertida, mas que possibilita discutir as diferenças físicas e os modos de ser de cada pessoa. Luanda é uma menina sapeca, inteligente, que gosta de brincar e comer chocolate. Sabe o que é mais legal? Ela é super vaidosa e adora usar penteados diferentes! Então um dia ela usa tranças, outro o cabelo preso, outro dia com enfeites, e toda sua família ajuda, papai, mamãe e vovó. Luanda é a personagem dessa história que mostra que as relações de amizade, afeto e respeito devem fazer parte dos grupos sociais em que vivemos.

Público Alvo:
- Alunos do 1º, 2º e 3º ano do Ensino Fundamental.

1.Justificativa:
Promover o apreço pela leitura  além de favorecer o desenvolvimento cognitivo e sociocultural das crianças, voltados para os desafios da pesquisa e da integração, estimulando, assim, a criatividade inata do aluno. Proporcionar a interdisciplinaridade e promover o reconhecimento e a valorização das etnias e das características pessoais que fazem de cada indivíduo um ser único.

 2.Objetivos Gerais:
-Estimular a participação de situações de comunicação oral e escrita habilitando os educando  progressivamente a expressar desejos, necessidades e vontades;
-Promover o gosto e o hábito pela leitura;
-Aprimorar a leitura oral do  aluno;
-Desenvolver suas habilidades para uma escrita;
-Promover a reflexão sobre os temas propostos no livro;
-Apresentar pontos de vistas sobre os assuntos abordados na temática do livro;
-Proporcionar a interdisciplinaridade;
-Expressar-se livremente;
-Pensar sobre as atitudes que vivenciam na sala de aula e na vida;
-Levar o aluno a perceber a importância de evitar atitudes preconceituosas;
-Incentivar o aluno a valorizar sua autoestima;
-Entender uma sociedade onde a diferença é considerada um valor;
-Questionar os estereótipos de raça de modo lúdico;
-Compreender que cada pessoa tem um jeito diferente de ser.

3. Metodologia:
-Leitura prévia do livro: Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!
-Explicações através das imagens e formas geométricas presentes no  livro sobre: linhas curvas, reta, corpos redondos e não-redondos, figuras geométrica planas, sólidos e medidas de comprimento;
-Elaboração de tabelas de comparação com auxílio do professor;
- Exercícios de compreensão do livro;
-Debates;
-Produção de pequenos textos com temas atuais tendo a professora como escriba;
-Pesquisa sobre animais de estimação dos colegas da sala;
-Músicas e  vídeos: Você vai gostar de mim: Xuxa e  o Valor das diferenças;
-Apresentação de coreografia referente às musicas citadas acima;
-Elaboração do mural das diferenças com o título do livro.

4. Materiais Utilizados: 
-Livro paradidático: Cada um com seu jeito, cada jeito é de um!
-Uso da sala de informática:  aplicativos de elaboração de gráficos e tabelas;
-Questionário que deverá ser respondido pelos alunos no momento da entrevista;
-Lápis, borracha, caderno;
-Computador;
-Datashow;
-Som;
-Pendrive;
-Revistas velhas para recortes;
-Cola, tesoura, papel pardo, e papel crepom.

5.Avaliação:

Será através da participação dos alunos nos debates na sala de aula durante a leitura do livro, resultados das atividades que serão corrigidos com a participação dos alunos,  interesse dos alunos em participar das atividades propostas.

📚 Sequência Didática: Menina bonita do laço de fita - Ana Maria Machado


Sequência Didática:
Menina bonita do laço de fita

Livro: Menina bonita do laço de fita.
De: Ana Maria Machado
Ilustrações: Claudius
Editora: Ática
Coleção: Barquinho de Papel
Sinopse:
Uma linda menina negra desperta a admiração de um coelho branco, que deseja ter uma filha tão pretinha quanto ela. Cada vez que ele lhe pergunta qual o segredo de sua cor, ela inventa uma história. O coelho segue todos os "conselhos" da menina, mas continua branco.

OBJETO DE ESTUDO: Diversidade Étnico-Cultural Brasileira Ensino Fundamental – 1º ao 5º ano.

INTRODUÇÃO: 
- Desenvolvimento do tema da diversidade, não somente com o objetivo de apresentar aos alunos a riqueza da diversidade étnico-cultural brasileira, contribuindo para que as crianças se apropriem de valores como o respeito a si próprias e ao outro, mas também com o objetivo de elevar a auto-estima do aluno negro.

CONTEÚDO:
- Identidade;
- Afetividade;
- Família;
- Diversidade étnica e cultural.

DURAÇÃO DAS ATIVIDADES:
- 5 aulas de 50 minutos.

OBJETIVOS:
- Sensibilização através da leitura do Livro “Menina Bonita do Laço de Fita”;
- Incentivar a leitura dos educandos;
- Tratar a questão das diferenças, valorizando a diversidade a partir da raça negra;
- Incentivar o gosto pela leitura de histórias narradas;
- Desenvolver habilidade de escrever frases a partir de gravuras;
- Interpretar fatos da história a partir de perguntas sugeridas;
- Tratar a questão das diferenças, valorizando a diversidade a partir da raça negra.

HABILIDADES:
Com a atividade é esperado que se desenvolva a socialização, raciocínio, trabalho em equipe, noção de diferenças e igualdades raciais, tradições, conhecimento da cultura Afrodescendente e o despertar do interesse por parte do aluno para assuntos relacionados.  A proposta é que articulem entre si os conteúdos aplicados, visando à construção do conhecimento mútuo. Primeiramente, pedimos que façam uma roda de conversa, depois da leitura, para a discussão sobre como eles se identificam com aquela história. Assim desenvolvendo também a capacidade intelectual de conversação, explorar ideias dos colegas e argumentação.

METODOLOGIA:
- Iniciar as atividades apresentando a história da autora e do livro, aproveitando tudo o que ele possa oferecer, proporcionando um tempo para que a criança observe cuidadosamente;
- Contar que quem escreveu a história foi Ana Maria Machado, uma escritora brasileira que escreve livros para crianças, principalmente. Se o(a) professor(a) já tiver lido para a classe outros livros da autora, relembrar o fato aos alunos, se possível, mostrando-os.
- Em sala pede-se que a criança desenvolva trabalhos manuais sobre desenhos e pinturas africanas, com ênfase na história da África, relembrando o que diz a história da Menina que ela é “uma princesa das terras da África” ou “Uma fada do Reio do Luar”, questionar o que eles entendem com essas expressões com ênfase na história da África.

RECURSOS E MATERIAIS DIDÁTICOS:
- Serão utilizados recursos dirigidos, ilustrações e textos;
- Como material didático será utilizado cartolina preta e branca, papel desenho para confeccionar a lua e as estrelas, lápis de cor e tinta guache colorida. Com esses materiais serão confeccionados desenhos sobre o que as crianças entenderam sobre o livro e o que mais gostaram. Com a tinta guache serão pintados o céu escuro e estrelado, etc.
MOMENTO 1:
A professora, antes de apresentar o livro, iniciará a aula com uma conversa informal perguntando:
– Com quem a gente se parece?
– Todas as pessoas são iguais?

1. Apresentar a história à classe, contando-a, sem mostrar o livro;
2Pedir às crianças que deem um título (um nome) à história ouvida, escrevendo na lousa as sugestões apresentadas;
3. Dizer o título do livro: “Menina bonita do laço de fita” e comparar com os nomes apresentados pelos alunos na atividade perguntando a eles se gostaram mais do nome escolhido por eles próprios ou o escolhido pela autora; mostrar às crianças que nem sempre temos a mesma opinião sobre um mesmo fato ou situação e que o importante é que aprendamos a respeitar todas as opiniões; comentar os nomes escolhidos pelos alunos, na medida em que se afastam ou se aproximam do nome original da história.
4. Mostrar a capa do livro aos alunos.”Ler” a imagem da capa com eles, fazendo perguntas sobre a ilustração:
– Quem será essa menina?
– Como ela é? (cor da pele da menina, do coelho, o cabelo da menina (quem usa cabelo assim? é difícil fazer um penteado como esse? leva muito tempo?).
– Quais as suas características?
– Como ela parece estar se sentindo?
Destacar o olhar apaixonado, pensativo-sonhador do coelho. Pedir aos alunos que mostrem o que mais na ilustração indica que o coelho está apaixonado. Dizer o nome do ilustrador e falar sobre a importância da ilustração na leitura.
5. Ler o livro para os alunos, agora parando em cada página, mostrando as imagens e destacando as palavras e expressões que valorizam a menina, que a retratam como bela: “Era uma vez uma menina linda, linda. Os olhos dela pareciam duas azeitonas, daquelas bem brilhantes. Os cabelos eram enroladinhos e bem negros, feitos fiapos da noite. A pele era escura e lustrosa, que nem o pêlo da pantera negra quando pula na chuva.”. Os adjetivos e comparações usados pela autora vão além de aguçar a imaginação infantil (olhos = duas azeitonas daquelas bem brilhantes; cabelos = fiapos da noite; pele = pêlo da pantera negra quando pula na chuva); eles evocam uma imagem positiva da menina, valorizando nela aspectos como cabelo e cor de pele, que normalmente são “maquiados”, escondidos, quando a personagem é negra. A beleza natural da menina ganha enfeites que reforçam seu encanto, dando a ela ares de personagem de contos de fadas, pois: “Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laço de fita colorida. Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar”.
Esses dois trechos contribuem para que, ao imaginário infantil a menina seja apresentada como uma bela princesa de contos de fadas, o que é extremamente positivo e eleva a auto-estima da criança, que se identificará com a heroína. Perguntar aos alunos se eles têm uma ideia do porquê do coelho querer ter a cor de pele da menina. Será que ele não está satisfeito com a própria cor? Comentar com as crianças as respostas dadas.
É importante que o (a) professor (a) destaque que além de muito bonita, essa heroína é também muito esperta e criativa, pois mesmo não sabendo responder às perguntas do coelho, sempre tem uma solução para que ele se torne da cor desejada: cair na tinta preta, tomar muito café, comer muita jabuticaba…
Antes de ler o trecho que fala da intervenção da mãe no diálogo entre a menina e o coelho, perguntar se alguém lembra como era a mãe da garota.
Comparar o texto escrito (“uma mulata linda e risonha”) e a ilustração da mãe que é a de uma linda moça, moderna, bem vestida e arrumada (enfeitada, pintada, cabelos penteados), o que também contribui para que a classe forme uma imagem estética positiva da mulher negra.

MOMENTO 2:
Trabalhar oralmente as características físicas da menina, associando às comparações do texto. Em seguida, realizar a interpretação do livro:
- Qual era a cor da pele da menina? Parecia com o que? Quem se lembra?
- E o seu cabelo? O que sua mãe fazia nele?
- Seus olhos se pareciam com o que?
- Como era o coelho? O que ele descobriu?
- Qual a conclusão que o coelho chegou sobre a cor da pele da menina?
- Por que os filhotes do coelho nasceram um de cada cor?
Deixar claro que cada um de nós tem suas características, oriundas de sua família. Sendo assim, somos únicos, diferentes, e isso torna cada um de nós especial.

MOMENTO 3:
- Recolher fotos trazidas pelos alunos e colar em um grande cartaz dizendo: Diferenças: não basta reconhecê-las é preciso valorizá-las!
- A professora deve pedir que olhem o cartaz com as fotos e procurem em seus parentes alguma característica parecida com a sua;
- Havendo alguma foto ou criança negra na sala, a professora poderá ressaltá-la, dizendo das semelhanças com a menina da história.

ARTES VISUAIS:
- Fazer o autorretrato;
- Aproveitar a descoberta do coelho de que “a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até com os parentes tortos” e perguntar às crianças com quem elas acham que se parecem.

MOMENTO 4:
- Conversar com as crianças sobre as “famílias” (povos) que formam o Brasil: os índios, o negro, o colonizador europeu, os imigrantes italianos, japoneses, árabes, judeus etc.;
- Explicar que esses povos foram se cruzando, para formar a grande família brasileira, que tem as características de suas origens. Lembrar aqui as contribuições desses povos nas festas, na música, na culinária, nas histórias etc.

AVALIAÇÃO:
- Realizada durante o trabalho que será registrado frequentemente através de fotografias, filmagens e anotações. Dessa forma pode se fazer a avaliação individual e contínua de cada um e determinar o grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objetivos. Primeiramente, avalia-se a interação que a criança teve com a proposta aplicada. E, posteriormente, se o material desenvolvido por ela foi coerente com tal proposta. Analisa-se também se não houve nenhum de tipo de discriminação ocorrida durante a atividade, tanto com relação ao trabalho, quanto com os colegas. O critério de avaliação do professor também tem que ser coerente com a proposta, sempre valorizando o contexto em que a atividade foi realizada.
É importante se fazer perguntas do tipo:     
- A criança passou a se perceber como diferente em atitudes e relações com os colegas e com você?
- A criança trata os colegas com respeito e valoriza as características que são diferentes das suas próprias?

📚 Sequência Didática: O cabelo de Lelê - Valéria Belém


Sequência Didática:
O cabelo de Lelê

Livro: O cabelo de Lelê
De: Valéria Belém 
Ilustrações: Adriana Mendonça 
Editora: Companhia Editora Nacional
Sinopse:
Lelê não gosta do que vê - de onde vem tantos cachinhos? Ela vive a se perguntar. E essa resposta ela encontra num livro, em que descobre sua história e a beleza da herança africana. 

Público alvo:
-Alunos das séries iniciais e ensino fundamental.

Objetivos:
-Conhecer as influências culturais afrodescendentes;
-Valorizar a cultura afrodescendente;
-Construir a relação do passado – presente – futuro;
-Apontar diferenças e semelhanças;
-Participar de uma manifestação afrodescendente;

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com os alunos:
-Ler e interpretar histórias;
-Opinar sobre a história contada;
-Ter criatividade em elaborar outra história a partir da que foi apresentada;
-Ter desenvoltura para dramatizar uma história;
-Ter noçõesbásicas de temporalidade - ontem, hoje e amanhã.

Estratégias e recursos da aula:
-1ª atividade:
A professora inicia a aula lendo e apresentando o livro “O cabelo de Lelê” da autora Valéria Belém.
Explora a capa do livro, pergunta qual a ideia que eles têm sobre o livro.
OBS: Professora aproveite esse momento para perceber quais informações e conceitos que eles têm acerca do tema.

-2ª atividade:
A professora propõe à turma uma contação de historia do livro: “O cabelos de Lelê ” , de Valéria Belém – Editora Nacional.
Os alunos deverão sentar-se em roda para ouvir a história que a professora contará.
Após a contação da história, a professora fará algumas indagações à turma, que por sua vez responderá de maneira informal as seguintes questões:
-Como é o cabelo de Lelê?
-Quais são as características principais de Lelê?
-Por que Lelê apresenta tais características?
-Qual será a razão de Lelê apresentar tais características?
-Na sala de aula existe algum colega que apresente tais características? Justifique sua resposta.
Após as indagações a professora dividirá a turma em quatro grupos com cinco componentes cada, distribuirá uma peruca preta e encaracolada, uma bola de isopor do tamanho de uma cabeça infantil, pente, escova de cabelos e enfeites. Solicitará que os grupos de maneira lúdica experimentem explorar os cabelos de Lelê.

-3ª atividade:
Após a brincadeira, a professora solicitará aos alunos que elaborem um texto contando da Lelê criada por cada um deles, de forma individual e com ilustração em uma folha de caderno meia pauta.
No segundo momento, a professora pedirá que os alunos oralmente, criem outra história de Lelê, obedecendo a ordenação e seqüência dos fatos ( começo, meio e fim ).
Enquanto cada aluno narra partes da história, a professora fará o registro em um blocão, na posição de escrita da turma, no momento.

-4ª atividade:
Após a história devidamente registrada, a professora fará a proposta de que a turma realize a dramatização da história elaborada por eles no blocão.
Para que haja a dramatização, a professora solicitará que a turma seja dividida em quatro grupos com cinco componentes cada, com a finalidade de, fazer a escolha dos personagens e suas falas, através de um sorteio.
Realizado o sorteio, será feita a escolha do título da peça a ser dramatizada.
Para a dramatização, a professora fará a proposta que cada grupo assuma uma das seguintes tarefas : cenário, figurino, tempo de ensaio e elaboração do convite divertido para as outras turmas assistirem à peça.

-5ª atividade:
Entregar a cada criança um desenho com a carinha de Lelê, onde deverá recortar e colar em uma folha de papel A4, completando o desenho do seu corpo.
Depois cada criança registrará  na própria folha como se sentem com “O cabelo de Lelê”.

-6ª atividade:
A professora conversa com os alunos sobre a influência africana no Brasil.
Faz uma listagem sobre os tipos de heranças africanas:
-Manifestações culturais;
-Alimentação;
-Palavras;
-Religião;
Escolhe com a classe dois aspectos citados acima para pesquisarem e assim conhecerem mais sobre o tema em questão.

-7ª atividade:
A professora faz uma pesquisa inicial apresentando à classe algumas palavras de origem africana próximas do vocabulário das crianças.
Depois divide a turma em grupos e cada grupo fica responsável por um grupo de letras do alfabeto que deverão pesquisar as palavras de origem africana e trazer para a sala de aula com seus respectivos significados.
Segue exemplo para iniciar o trabalho.
GLOSSÁRIO DE PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANAS
PALAVRA       SIGNIFICADO                            ILUSTRAÇÃO
A – AGOGO     Instrumento musical
B – BAOBÁ      Árvore com um tronco enorme
C – CAFUNÉ   Carinho, afago
D – DENGO     Manha, birra
E –
F –
Até o final…. Z –
A professora deverá ficar atenta, pois possivelmente algumas palavras trazidas podem não ter uma ilustração cabível.

-8ª atividade:
Realizar um desfile de roupas e penteados africanos.

Recursos complementares:
-Livro: “O cabelo de Lelê” – Valéria Belém;
-Peruca preta encaracolada;
-Bola de isopor;
-Adereços de cabelo;
-Escova e pente para cabelo;
-Folha de papel pardo;
-Piloto;
-Papel crepom;
-Cartolina;
-Folha de papel laminado;
-Folha de caderno meia pauta;
-TNT em diversas cores.

Avaliação:
Observar se no decorrer das atividades  propostas os alunos mostraram-se interessados no tema abordado.
O comprometimento de cada criança frente às tarefas solicitadas é uma forma de avaliação por parte da professora.
Verificar se os alunos conseguiram estabelecer relações entre as culturas afro descendentes; européias e indígenas como formação da cultura brasileira.
Avaliar se os alunos estabeleceram relação entre as diferentes etnias que compõem o povo brasileiro.
Observar se conseguiram expor suas ideias com clareza, questionando de forma respeitosa e sem preconceito.

O cabelo de Lelê
Valéria Belém

Lelê  não gosta do que vê.
De onde vem tantos cachinhos?
Pergunta sem saber o que fazer.

Joga pra lá, puxa pra cá.
Jeito não dá, jeito não tem.

-De onde vem tantos cachinhos? 
A pergunta se mantém. 

Toda pergunta exige resposta.
Em um livro vou procurar!
Pensa Lelê num canto a cismar.

Fuça aqui, fuça lá.
Mexe e remexe até encontrar o tal livro, muito sabido!que tudo aquilo pode explicar.

Depois do Atlântico, a África chama
e conta uma trama de sonhos e medos
de guerras e vidas e mortes no enredo.
Também de amor no enrolado cabelo.

Puxado, armado, crescido, enfeitado,
torcido, virado,  batido, rodado. 
São tantos cabelos, tão lindos,  tão belos!

Lelê gosta do que vê
Vai à vida, vai ao vento,
Brinca e solta o sentimento.

Descobre a beleza de ser como é
Herança trocada no ventre da raça do pai, do avó, de além-mar até…

O negro cabelo é pura magia,
Encanta o menino e a quem se avizinha.
Que gira e roda no fuso da Terra.
De tantos cabelos que são a memória.

Lelê já sabe que em cada cachinho
Existe um pedaço de sua história
Lelê ama o que vê! E você?

📚 Projeto: As Tranças de Bintou - Sylviane A. Diouf


Projeto: 
As Tranças de Bintou

Livro: As tranças de Bintou
De: Sylviane A. Diouf
Ilustrações: Shane W. Evans
Editora: CosacNaify
Sinopse:
O sonho de Bintou, uma menina africana, é ter tranças como todas as mulheres mais velhas de sua aldeia. Mas, como ainda é criança, tem de se contentar com os birotes. A autora Sylviane A. Diouf, filha de pai senegalês e mãe francesa, criou uma delicada história sobre a angústia do rito de passagem e o aprendizado do crescimento. As ilustrações de Shane W. Evans reforçam beleza, tradição e encantamento da cultura africana. Um belo exercício de respeito à pluralidade cultural e ao amadurecimento. Para crianças alfabetizadas.

Público alvo:
-Educação infantil e fundamental.

1 - Linguagem:
Conteúdo:
- Leitura de imagem e produção textual;
Eixos: Linguagem Oral e Escrita / Identidade e Autonomia.

Objetivos:
- Respeitar diferentes culturas;
- Refletir acerca de seus desejos;
- Produzir texto a partir de leitura de imagem.

Estratégias e recursos da aula:
-Alunos sentados em círculo;
-Apresentação de Slides do livro “As tranças de Bintou” de Sylviane Anna Diouf e leitura feita pelo professor;
-Roda de conversa sobre o texto apresentado:

a) O lugar onde Bintou mora é igual sua cidade?
b) Por que Bintou não podia ter tranças?
c) Aqui no Brasil qualquer criança pode usar tranças?
d) Qual era o maio desejo de Bintou?
e) E qual seu maior desejo?

-Após roda de conversa pedir que cada criança registre um de seus desejos em uma folha, escreva abaixo seu nome e coloque dentro da caixinha de desejos que será previamente preparada pela professora.
Obs: A criança poderá registrar seu desejo em forma de desenho...
Em seguida o professor retira aleatoriamente um dos desejos, e convida a criança responsável por ele para contá-lo para a turma.
Por último pedir que cada criança escolha uma das imagens do livro e escreva um texto sobre ela.
Caso a criança não tenha desenvolvido ainda a capacidade de escrever o registro poderá ser feito em forma de desenho e apresentado oralmente para os colegas ou ainda o professor poderá registrar a fala do aluno.

Recursos: 
-Livro, Data show ou Utltrabook, folhas de papel ofício, caixas de sapatos, lápis de cor.

Avaliação: 
-Será realizada por meio do debate e da leitura individual das histórias escritas.

2 - Proposta de atividade Natureza e Sociedade:
Conteúdo: 
-Objetos e processos de transformação
-O Bairro;
-Cores;
-Conceitos;
-Órgãos dos Sentidos.
Eixos de Trabalho: Estudos da Natureza e Sociedade, Matemática.

Objetivos:
-Conhecer algumas frutas e os seus nomes;
-Perceber os sabores das frutas (doce ou azeda);
-Conhecer os tamanhos de algumas frutas;
-Observar o bairro.

Estratégias e recursos da aula:
-Esta aula deverá ser realizada após pesquisa de campo em supermercado ou feira, onde as crianças poderão ver tocar e cheirar diversas frutas ou ainda o professor poderá sugerir que cada criança traga uma fruta de casa;
-Em sala de aula apresente as frutas para as crianças. Deixar que manipulem livremente cada uma depois e pedir que digam em voz alta seus nomes e características: (doce/azeda), (mole/dura), (pequena/grande) e sua cor, formato , etc...;
-Em um espaço reservado previamente o professor deverá cortar as frutas e possibilitar que as crianças observem como cada uma delas é por dentro, bem como seu cheiro e seus sabores;
-Em seguida o professor deve organizar as crianças em grupos e servir cada uma delas ou pedir que sirvam umas as outras;
-Por fim deve-se pedir que as crianças registrem este momento em forma de desenho ou o professor colherá as falas das crianças sobre a visita à quitanda pedindo que descrevam aspectos como:
a) Pontos por onde passaram;
b) Como foram recebidos na feira;
c) Quais placas foram vistas no caminho;
d) Que profissionais foram vistos trabalhando no percurso de ida e volta.

Avaliação:
Ao final da aula o professor deverá observar se as crianças:
-Identificaram algumas frutas pelo seu nome;
-Registraram, através do desenho, a aula vivenciada;
-Participaram dos momentos de apreciação das frutas.
-Observaram e narraram pontos importantes da ida até a feira.

3 - Proposta de atividade Matemática:
Conteúdo: 
-Sequência numérica;
-Número e quantidade;
-Agrupamento.
Eixo de trabalho: Matemática

Objetivos:
-Relacionar numerais às quantidades correspondentes;
-Fazer contagem e registro;
-Desenvolver o raciocínio lógico;
-Organizar objetos em uma sequência numérica;
-Agrupar grãos de milho, feijão etc...

Estratégias e recursos da aula:
-Apresentar uma das páginas do livro onde aparece Bintou e pedir que façam a contagem do número de birotes em sua cabeça;
-Registrar o numeral 4 no quadro e pedir que cada criança agrupe 4 grãos de milho, feijão ou pedrinhas. Em seguida apresentar seis bonecas, cada uma com um número de birotes de 0 a 5 e pedir que as crianças coloquem na sequência;
-Escrever a sequência no quadro de giz em uma reta numérica;
-Colocar as bonecas em uma caixa e pedir que cada criança em sua vez retire uma, conte o número de birotes e escreva no quadro o numeral correspondente;
-Em outro momento o professor oferecerá fios de lá e pedirá que cada criança faça uma trança para Bintou;
-Desenhar uma menina no quadro e pedir que cada criança cole sua trança nela.Utilizar fita crepe ou durex para colar as tranças;
Ao final as crianças deverão desenhar Bintou com 5 lindas tranças.

Recursos: 
-Livro, pedrinhas, grãos, quadro,bonecas, caixa, lã, fita crepe, durex, folhas de ofício.

Avaliação:
O professor deverá ao final da aula observar se o aluno:
-Contou e registrou o número de birotes;
-Colocou as bonecas na sequência corretamente;
-Registrou em forma de desenho a personagem do livro com o número indicado de tranças.

4 - Proposta de atividade Artes e Música:
Conteúdo:
-Dramatização e confecção de instrumentos musicais.
Eixos Trabalhados: Artes e Música, Linguagem Oral e Escrita.

Estratégias e recursos da aula:
-Propor para as crianças a confecção de instrumento musical com sucata;
-Sugerir a confecção de um chocalho;
-Disponibilizar potes de danoninho, grãos de arroz, feijão, milho, palitos de churrasco e durex.
Pedir que cada criança escolha um tipo de grão para confecção de seu chocalho, para que eles tenham sons diferentes;
-Após confecção do chocalho, deixar que as crianças criem cenas de como imaginam a cena da festa no batizado do irmão de Bintou;
-Junto com as crianças criar uma música paródia de cantiga de roda sobre a história de Bintou e cantar em diversos ritmos;
-Fazer registro da aula em desenho.

Recursos: 
-Potes de Danoninho, Grãos diversos, durex, palitos de churrasco, folha de ofício, cola, lápis de cor, canetinhas, pincel e tinta.

Avaliação:
Ao final da aula o professor deverá observar se os alunos:
-Participaram ativamente do processo de confecção do chocalho;
-Participaram ativamente da dramatização;
-Fizeram o registro de suas vivências.

📚 Projeto: A Bonequinha Preta - Alaíde Lisboa de Oliveira


Projeto: 
A Bonequinha Preta

Livro: A bonequinha preta
De: Alaíde Lisboa de Oliveira
Ilustrações: Ana Raquel
Coleção Primeiras Leituras
Editora Lê
Sinopse:
Mariazinha e sua Bonequinha Preta são muito amigas. Certo dia, Mariazinha saiu com sua mãe e não pôde levar a Bonequinha Preta. Mariazinha pediu a bonequinha para se comportar e também para não chegar à janela. Mas os pedidos de Mariazinha não adiantaram. A Bonequinha Preta ouviu miados na rua, chegou até a janela e um acidente aconteceu.

Este maravilhoso livro pode trabalhar tantas coisas boas com os alunos. A questão da desobediência, do amor, do egoísmo e até a questão das nossas raças.

Público alvo:
- Educação infantil e fundamental.

Justificativa:                 
É necessário desde cedo, proporcionar as crianças possibilidades de reflexão e atitudes positivas na sua própria identidade e as suas singularidades. Portanto propor um projeto que aborde preconceito e à discriminação racial é uma forma de refletir sobre a interação social e seus valores, permitindo que as crianças convivam com as diferenças e compreenda as relações raciais. A escola por ser um espaço social está aberta a diversidade e deve abordar de uma forma lúdica  dando oportunidades para que as crianças possam lidar com as emoções reorganizando seus pensamentos através do faz de conta.

Objetivo geral:
-Reconhecer a sua própria identidade para que valorize a sua imagem e a do outro desenvolvendo valores básicos e valorizando a diversidade racial.

Objetivos específicos:
-Reconhecer a sua identidade e ter uma imagem positiva de autoconfiança;
-Desenvolver diversas atividades metodológicas a partir da leitura do livro a bonequinha preta;
-Valorizar a diversidade;
-Combater o Bulliying racial nos diversos espaços da escola;
-Desenvolver auto-estima sobre suas características físicas;
-Refletir sobre questões: amor, egoísmo e até a questão das nossas raças;
-Valorizar ações de cooperação, respeito e solidariedade;
-Respeitar as características de etnia;
-Usar os conhecimentos construídos na escola em situações do seu cotidiano;
-Participar de situações de comunicação oral;
-Apreciar atos de leitura como fonte de conhecimento;
-Demonstrar cooperação de situações de produção coletiva;
-Desenvolver a linguagem oral para expressar desejos, necessidades, sentimentos e opiniões.

Dicas: 
-Leve o livro e uma bonequinha preta(feita de pano)para a sala de aula, mas prepare todo o ambiente para que os alunos fiquem curiosos para saber do que se trata;

-Decore uma caixa com papéis coloridos e fitas, será uma caixa surpresa e dentro coloque o livro e a bonequinha. Espalhe pela sala, cartazes pequenos com desenhos que possam levar as crianças a fazerem perguntas, desenhe por exemplo: A roupinha da boneca, o sapatinho, um gatinho, etc...;

-Ao abrir a caixa, mostre primeiro a boneca. Explique que ela é uma visita e que ficará alguns dias na sala. Arrume um lugar pra ela se sentar! Deixe que os alunos peguem a boneca, faça esta atividade em rodinha, todos sentados no chão da sala mesmo. Vão surgir algumas perguntas e você deverá respondê-las, anote-as, faça um registro de tudo o que está ocorrendo nesta atividade. Se possível fotografe todas as atividades;

-Durante toda a semana trabalhe com o livro, mostre a capa, explore-a bem, fale sobre a autora: Alaíde Lisboa de Oliveira. Se possível, mostre aos alunos uma foto dela. Ao iniciar o conto, leia com voz suave, sem pressa... Os alunos quando gostam de uma história sempre pedem para ouvir novamente, isso é ótimo! Não leia o livro todo em um único dia, vá deixando as crianças com vontade de "quero mais!";

-Ao final da história procure saber deles o que mais gostaram, o que não gostaram, se mudariam algo na história, o que aprenderam com ela, você pode começar a trabalhar algumas questões a partir daí, como os nossos valores, o amor, o egoísmo, a questão de sermos diferentes com relação a cor, mas que somos todos iguais perante Deus, trabalhe o respeito ao próximo, a amizade, etc...

Sugestões de Atividades:
*Fazer com os alunos um mural com desenhos da bonequinha preta;
*Montar um quebra cabeça da bonequinha, fazer colagens, dobraduras, pintura a dedo, modelagem, alinhavo...;
*Fazer uma bonequinha de pano para cada um e deixar que façam vistam a roupinha nela;
*Fazer um livrão de reconto, As crianças fazem o reconto você anota e elas desenham as cenas;
*Uma dica bem legal é fazer com os alunos o aniversário da Bonequinha Preta. Faça convites, decore a sala com balões. Neste dia, leve um bolo, docinhos, salgados e sucos, enfeite a mesa...As crianças amam esta festa, lembre-se se fotografar e não esqueça de colocar a bonequinha sentada a mesa também...;
*Montar uma exposição com todos os trabalhos desenvolvidos durante este projeto! *Montar um painel com as fotos mostrando que todo o trabalho foi feito com muito carinho e teve início, meio e fim;
*Faça um livro de visitas, faça uma lembrancinhas para os visitantes(Pirulito embrulhado com aqueles papéis de bala de franginha, de cor preta,e coloque uma fitinha vermelha, formando o cabelinho dela,faça olhinhos e boca).

Recursos:
- Data show;
- Xerox do Livro de literatura A Bonequinha Preta;
- Caixa de som;
- DVD;
- Máquina Digital;
- Microfone;
- Papel metro;
- Lápis piloto;
- Massa de modelar;
- Tinta guache;
- Bolas de assopro;
- Papel cartão cores variadas;
- Dez folhas de papel cartão de cor preta;
- Fita adesiva;
- Xerox colorida;
- Lápis de cor;
- Lápis de cera;
- Retalhos de pano;
- Bonecas pretas e brancas;
- Ofício colorido.

Avaliação:
-Contínua e processual.

📚 Projeto: Bruna e a galinha d'angola - Gercilga de Almeida


Projeto: 
Bruna e a Galinha d'angola

Livro: Bruna e a galinha d'angola
De: Gercilga de Almeida
Editora: Pallas
Sinopse:
Uma menina chamada Bruna, através da ajuda da avó e do tio encontra um animal para lhe fazer companhia, uma galinha d’Angola. A partir daí encontra amigas e descobre tradições sobre as origens da avó que remontam ao continente africano, neste caso, a Angola. Assim se passam tradições orais entre os povos, pelos contos de histórias.

Público alvo:
- Pré-escola,  1º e 2º ano.

Tempo estimado:
- 15 dias.

Justificativa:
- É conscientizar as crianças do valor das raízes negras no Brasil.

Objetivos:
-Conhecer e vivenciar produções culturais brasileiras com influências africanas;
-Conhecer a cultura afro através  da  história Bruna e a galinha d’angola;
-Conhecer a África, especialmente o país de Angola, seus costumes,  valores, religião e cultura;
-Conhecer  as características da galinha d’angola, seu habitat, reprodução, etc.;
-Desenvolver habilidades artísticas por meio da confecção de um panô africano, painéis, desenhos, pinturas;
-Aprender a respeitar as diferenças;
-Desenvolver a atenção e concentração;
-Ampliar o  repertório de palavras;
-Apreciar gravuras;
-Conhecer os valores cultivados na África:  tribo, aldeia, solidariedade, perdão, união etc.;
-Conhecer as dificuldades enfrentadas pelos povos africanos;
-Despertar para o valor das raízes negras no Brasil;
-Refletir sobre o racismo e a cultura afro-descendente;
-Compreender  a importância do brincar e da amizade propostas pela história;
-Apreciar músicas infantis através da música: Galinho d´angola foi embora;
-Ter cuidado com os livros;
-Despertar o gosto pela leitura, artes e música;
-Desenvolver a oralidade;
-Conhecer alguns costumes africanos que foram incorporados à cultura brasileira;
-Produzir por meio de pintura e ilustrações alguns objetos africanos ( panôs , Galinhas d’angola);
-Identificar o continente africano no globo terrestre apresentado ou no mapa.

Conteúdos:
-Leitura e interpretação de texto oral ou escrito;
-Linguagem verbal através da  historia contada pela professora e reproduzida pelas crianças;
-Linguagem visual através da exploração das gravuras do livro e objetos concretos;
-Costumes africanos;
-Heranças culturais africanas e brasileiras;
-Música, arte, dança, pintura, gravura, desenho e brincadeiras.

Material necessário:
-Livro de história infantil: Bruna e a galinha d'angola. (Gercilga de Almeida);
-Atividades de vivencia e registro
-Vários vídeos informativos sobre a galinha de Angola;
-Vídeo sobre o livro em questão;
-Vídeo da música em questão;
-Computador ou data-show;
-Mural, varal de náilon, lápis de cor, giz de cera, canetinhas coloridas, pano,  papel, tinta têmpera, tinta para tecido, pincel, gravuras, TNT, argila, pote com água, mapa, globo terrestre.

Desenvolvimento:

1ª etapa:
-Levar os alunos para a biblioteca da escola, colocá-los sentados em círculo e iniciar a aula  com algumas perguntas problematizadoras para observar o que a criança já sabe ou não sobre o assunto:
-Você conhece uma galinha d’angola?
-Por que ela tem esse nome?
- Você já ouviu em algum lugar o nome Angola? - Como são as cores desse animal?
-Podemos comer a carne desta ave?
-Como ela vive, se alimenta, se reproduz?
-Você conhece alguma música ou história que fala sobre essa ave?
Deixar s crianças falaram tudo que sabem sobre a galinha de Angola e também o que elas imaginam sobre essa ave.

2ª etapa: 
-Assistir vários pequenos vídeos sobre a galinha de Angola: como os pintinhos  nascem, de que precisam para viver, a origem da galinha de Angola, os tipos da galinha de Angola;

3ª etapa:
-Mostrar aos alunos, o livro Bruna e a galinha D'angola, falar sobre o assunto do livro, sobre a autora.. Falar que a avó da menina, personagem do livro, tinha vindo da África;
-Apresentar às crianças, o globo terrestre e mostrar onde fica a África;
         
4ª etapa:
-Assistir o filme do livro Bruna e a Galinha D'angola;
-Socializar a história por meio de perguntas e respostas explorando a oralidade dos alunos;
-Apresentar a música infantil: "O galinho de Angola" para as crianças cantarem acompanhando o clip.

5ª etapa:
-Em sala de aula, solicitar que as crianças pintem com lápis de cor ou giz de cera, uma gravura com desenho da personagem da história brincando com sua galinha de Angola.

6ª etapa:
-Solicitar que as crianças pintem com tinta têmpera, um desenho da galinha de angola em folha de papel.

7ª etapa:
-Confecção de um panô africano, contendo uma galinha de Angola. Cada aluno receberá um tecido de tamanho 40x40 com desenho da galinha de Angola, no qual eles terão que usar  tinta de tecido e pincel para pintar e enfeitar o panô,  usando a própria criatividade.

8ª etapa:
Ouvir e interpretar a música "Galinha d'angola" de Vinícius de Moraes. Realizar o registro: desenho coletivo.

A Galinha d' Angola
Composição: Vinicius de Moraes / Toquinho

Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Ela vende confusão
E compra briga
Gosta muito de fofoca
E adora intriga
Fala tanto
Que parece que engoliu uma matraca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca!
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraca!
Coitada, coitadinha
Da galinha-d'Angola
Não anda ultimamente
Regulando da bola
Come tanto
Até ter dor de barriga
Ela é uma bagunceira
De uma figa
Quando choca, cocoroca
Come milho e come caca
E vive reclamando
Que está fraca
Tou fraca! Tou fraca! Tou fraco

9ª etapa: 
-Conhecendo a ubuntu: palavra que no dialeto shosa quer dizer: “ nós só somos pessoa na relação com outra pessoa”. É uma forma de saudação africana. Trabalhar oralmente com as crianças sobre as diferentes formas de exercitarmos a ubuntu no dia a dia.
             
Culminância:
-Exposição dos trabalhos sobre a Galinha D'angola, pinturas, desenhos, trabalhos de argila,  panôs.

Avaliação:
-Será feita pela observação do desempenho dos alunos ao longo da realização das atividades, prestando atenção e realizando as tarefas propostas.

terça-feira, 7 de novembro de 2023

📚 Princesa Arabela, mimada que só ela: texto e atividade


Princesa Arabela, mimada que só ela
(Mylo Freeman)

Era uma vez uma princesinha chamada Arabela. Ela morava num grande palácio comseu pai e sua mãe: o rei e a rainha. O dia do seu aniversário estava chegando. Mas o que se pode dar a uma princesinha que tem tudo?
-Minha querida Arabelinha, o que você quer ganhar de presente? perguntou o rei. A princesa Arabela pensou... Pensou..
-O que você acha de um par de patins com rubis nas rodas? - sugeriu sugeriu a rainha.
-Eu já tenho - respondeu a princesa Arabela.
-E uma bicicleta dourada? - eu já tenho - respondeu a princesa.
-E um ratinho de pelúcia gostoso de abraçar?
-Eu já tenho - respondeu a princesa.
-E uma zebra de balanço?
-Já tenho.
-E Um joguinho de chá? E um carrinho de boneca? E um...
-Eu já tenho tudo isso! - exclamou a princesa. - Agora eu quero uma coisa diferente. Eu quero... Um elefante!
-Um elê o quê? - gritou a rainha.
-Xiii. Murmurou o rei. - Onde vamos encontrar um animal desses?
-E quem vai deixar que ele fique conosco?
A princesa Arabela nem quis saber das dificuldades. Ela queria um elefante.
No dia seguinte, o rei ordenou a seus servos que fossem procurar um elefante.
Os servos procuraram por sete dias e sete noites. Voltaram no oitavo dia.Com um elefante.
Finalmente chegou o grande dia do aniversário da princesa Arabela.
Quando ela abriu os olhos de manhă, seu presente já estava Iá. Arabela dançou de alegria em volta do elefante.
-Eu vou brincar com ele agora mesmo! - ela disse, toda contente. Venha, Elefante, sente-se aqui!
Elefante ficou parado, triste, olhando para frente.
-Ei, você é o meu presente, tem que brincar comigo! gritou Arabela, impaciente.
Mas Elefante nem se mexeu. Uma grande lágrima escorreu devagar pela sua tromba. E mais uma, e mais outra. Não demorou muito, e a princesa Arabela estava num lago de lágrimas que alcançava seus tornozelos.
-Pare com isso, senão eu acabo me afogando! - ela disse.
-Quero ir pra casa! - soluçava Elefante. - Por favor, leve-me de volta.
- Não posso você é meu presente - protestou a princesa.
Mas quando Elefante começou a soluçar de novo, ela gritou depressa: - Por favor, pare de chorar. Eu vou levar você de volta agora mesmo!
Pelo caminho, a princesa Arabela viu uma porção de bichos diferentes.
-Eu quero este, e aquele, e aquele outro também! Elefante foi andando depressa... Quando finalmente chegaram ao lugar onde Elefante morava, uma elefantinha correu em direção a eles.
-Mamãe! Você chegou bem na hora! E trouxe meu presente com você!
-Sim, filhinha - Elefante respondeu.
-E é justamente o que você sempre quis: uma princesinha de verdade!

ATIVIDADE

1-Qual é o nome do livro?

2-Quem é o autor?

3-Onde passa a história?

4-Qual é o nome da princesa? E com quem ela morava naquele grande palácio?

5- O aniversário da princesa estava chegando e ninguém sabia que presente deveria comprar. Quais foram as sugestões de brinquedos o rei e a rainha ofereceram à ela?

6-O que a princesinha pediu de presente de aniversário?

7-Quantos dias levou para os servos encontrarem presente de aniversário da princesa?

8-Você acha que podemos ter um elefante como um animal de estimação? Por quê?

9-Arabela ficou muito alegre na manhã de seu aniversário, mas parece que o seu presente não estava tão feliz quanto ela. Que fato comprova isso?

10-Por que o elefante ficou parado, triste e começou a chorar?

11- A princesa ficou com seu presente? Por quê?

12-Qual acontecimento da história envolveu a princesa Arabela e a elefantinha?

13- Por que a Princesa Arabela era considerada mimada?

14-Que outro final você daria para a história?